Ao longo de seis anos, o LBA vem alcançando resultados científicos importantes sobre o funcionamento dos ecossistemas amazônicos e sobre como esses complexos ambientes estão sendo afetados pela sempre crescente intervenção humana. Na III Conferência Científica Internacional do LBA, mais de 600 trabalhos científicos foram apresentados, dos quais 241 de estudantes e bolsistas.
O êxito desse programa é, em grande parte, resultante da prioridade que o LBA sempre atribuiu à formação de novos pesquisadores e à excelência na qualificação de pesquisadores em níveis avançados. Antes mesmo que se iniciassem os trabalhos de campo do LBA, ainda nas estapas de planejamento do programa em 1995, foi criado o primeiro Comitê de Treinamento e Educação para definir os objetivos e planejar as metas de curto e longo prazo em treinamento e educação:
- melhorar a qualificação dos pesquisadores do LBA mediante a capacitação técnica e formação científica
- expandir e fortalecer a comunidade científica em pesquisas ambientais e climáticas na Amazônia
Desde 1999, essas metas vêm sendo buscadas pelas equipes de pesquisa das instituições brasileiras e suas parceiras internacionais por meio de programas de treinamento que envolvem um grande número de alunos de graduação, mestrado e doutorado nos trabalhos de planejamento, coleta de dados por diferentes metodologias, anál ise e utilização de equipamento avançado de pesquisa.
O programa de bolsas do LBA recebe apoio de várias fontes: instituições de origem do pesquisador, fundações e/ou agências nacionais e internacionais de fomento. Em alguns casos, dada a abrangência dos projetos, pode haver sobreposição de fontes financiadoras, numa relação de complementaridade. Por exemplo, várias instituições envolvidas no LBA, tais como a UnB, o INPA, a UFMT, a USP, a UFV, o CENA-USP, Museu-Goeldi e FCAP têm seus próprios programas de pós-graduação, cujos alunos de Mestrado e Doutorado também podem estar inseridos no programa LBA que, por sua vez, recebe financiamento de outras agências como a NASA, CAPES, e FAPESP.
Dessa forma, o programa de capacitação e recursos humanos do LBA é patrocinado por agências nacionais de fomento e pelas instituições internacionais parceiras do programa.
Principais agências financiadoras dos bolsistas de doutorado do projeto LBA (1999 - 2003)

Principais agências financiadoras dos bolsistas de mestrado do
Projeto LBA (de 1999 - 2003)

Distribuição de Bolsas por Linha de Pesquisa
As linhas de pesquisa que apresentaram maior demanda por bolsas até 2003 foram Armazenamento e Trocas de Carbono, envolvendo 51% dos bolsistas, seguida por Biogeoquímica, com 22% do total, refletindo o maior número de projetos sob esses temas.

CD - |
Armazenamento e Trocas de Carbono |
LC - |
Mudanças dos Usos da Terra e da Vegetação |
ND - |
Biogeoquímica e Dinâmica dos Nutriente |
TG - |
Gases-traço |
PC - |
Física do Clima |
SH - |
Hidrologia e Química das Águas |
Distribuição das bolsas CNPq/RHAE-LBA por Estado
A maior concentração de instituições parceiras nas pesquisas do programa LBA acha-se no Pará e no Amazonas. Por essa razão, a grande maioria das bolsas foi implementada para estudantes desses estados, permitindo o acesso de estudantes e jovens pesquisadores a instrumentos e estruturas de pesquisa indisponíveis antes da implementação do programa LBA:

DISTRIBUIÇÃO POR GRAU
De 1998 a 2004, as equipes científicas do LBA supervisionaram o trabalho de 640 jovens cientistas, distribuídos entre 249 bacharéis, 195 mestres e 196 doutores, representando 38% dos 1679 pesquisadores associados ao projeto.
Estudantes
(cumulativo 1998-2004) |
Brasileiros |
Outras nacion. |
Total |
Gradua(n)dos |
309 |
9 |
318 |
Mestra(n)dos |
228 |
31 |
259 |
Doutora(n)dos |
169 |
83 |
252 |
Sem informações |
26 |
1 |
27 |
Total |
732 |
124 |
856 |
As iniciativas em Treinamento e Educação têm sido fundamentais para o fortalecimento das instituições de pesquisa na Amazônia. Muitas linhas de pesquisas do LBA não eram desenvolvidas em instituições amazônicas e do Cerrado. Assim, para a implementação do LBA foram necessários grandes investimentos na infra-estrutura das instituições amazônicas associadas e, especialmente, na capacitação de recursos humanos para operar novos equipamentos, executar e supervisionar as novas atividades das pesquisas de ponta que foram introduzidas. Esses esforços mostram que o LBA vem conquistando seus objetivos de longo prazo e confirmando o seu compromisso de contribuir para o aprimoramento das instituições de pesquisa amazônicas e seus programas de formação científica.
COMITÊ DE T&E
O Comitê de Treinamento e Educação do LBA é responsável pela administração dos programas de bolsas, e pela definição de critérios de distribuição entre instituições, com o respaldo das equipes científicas do LBA. O Comitê é constituído por nove membros executivos e sete membros consultivos que representam as principais instituições de pesquisa e ensino participantes do LBA.
COMITÊ EXECUTIVO
Regina Celi Costa Luizão (Coordenadora)
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
Beatriz Machado Gomes
Universidade Federal de Rondônia / Ji-Paraná (UNIR)
Edson Rocha
Universiade Federal do Pará (UFPA,
Belém)
Ivani Pereira
LBA-ECO, NASA
Maria de Lourdes Pinheiro Ruivo
Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG)
Mercedes Maria da C. Bustamante (Coordenadora da gestão anterior)
Universidade de Brasília (UNB)
Nicolau Priante Filho
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Plínio B. de Camargo
CENA / USP Universidade de São Paulo
Rita de Cássia Guimarães Mesquita
Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Amazonas
COMITÊ CONSULTIVO
Ima Vieira
Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)
Julia Cohen
Universidade Federal do Pará (UFPA, Belém)
Ricardo Figueiredo
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA)
Elsa Mendoza
Universidade Federal do Acre (UFAC)
Diógenes Alves
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
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