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A se manterem a progressão e o cenário atual de desflorestamento, uma parte dos 6 milhões de km2 que compõem a floresta amazônica deverá ter se transformado em savana, em um período que pode variar de 50 a 100 anos. A afirmação é do pesquisador e coordenador científico do LBA - Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia, Carlos Nobre. Essa "savanização" pode variar de 60%, no pior cenário, a zero, caso sejam implantadas medidas eficazes contra o desmatamento. Em um cenário intermediário, haveria uma transformação de 20% a 30% da floresta.

Nobre apresentou hoje (27) a plenária "Interações entre Clima e Vegetação na Amazônia: do Último Período Glacial até o Clima do Futuro", no primeiro dia da 3ª Conferência do LBA, que acontece até o dia 29 em Brasília, com a presença de 800 pesquisadores e cientistas brasileiros, americanos e europeus.

Ainda segundo o pesquisador titular do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a mudança gradativa do clima no Brasil, provocada pelas queimadas e pelo desflorestamento da Amazônia já é um fato. Resta definir em que escala essas mudanças estão ocorrendo e o seu impacto no cotidiano das pessoas e na sua qualidade de vida.

Atualmente, cerca de 15% da Amazônia brasileira já foram desmatados, totalizando 615 mil km2 da área de 4 milhões de km2 da floresta em território nacional. As temperaturas estão de 1ºC a 3ºC mais elevadas do que há 40 anos, principalmente nas regiões mais desmatadas.

Para estabilizar a proliferação das queimadas, mantendo a concentração de CO2 nos níveis de hoje, é necessário investir, segundo Nobre, no desenvolvimento científico dos países em desenvolvimento. Isso só será possível através de programas governamentais sérios que apóiem e estruturem os estudos científicos sobre a Amazônia. Para o pesquisador, são necessários investimentos duas vezes maiores do que o Brasil destina hoje para o setor.

 
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