ID do Resumo: 330
CARBONO ORGÂNICO TRANSPORTADO NO LEITO DE UM IGARAPÉ FLORESTAL NA AMAZÔNIA CENTRAL: EFEITO DA INTENSIDADE DAS CHUVAS E DO FLUXO DE ÁGUA
Nos igarapés florestados, a liteira é uma das principais formas de entrada e saída de carbono, já que a água das chuvas lava os solos e drena carbono e nutrientes para o leito dos igarapés. O objetivo deste trabalho foi estimar a quantidade de liteira caída e arrastada para o leito do igarapé e verificar a relação entre a intensidade das precipitações e as concentrações de carbono orgânico dissolvido (DOC) na água de um igarapé na Amazônia central. O estudo foi conduzido no Igarapé Asu, na Reserva do Cuieiras do INPA, ao norte de Manaus. O transporte de liteira para o igarapé foi medido numa campanha no período chuvoso (dezembro 2007) utilizando uma rede de malha de náilon, que se estende de uma margem a outra, para reter o carbono particulado grosso. Ao mesmo tempo, a queda de liteira nas margens e no leito do igarapé, foi medida em coletores de PVC de 50 x 50 cm, a cada 15 dias, e amostras de água foram coletadas e enviadas ao laboratório de águas da coordenação de Pesquisas em recursos Hídricos e Clima do INPA para análise de DOC. Quantidades maiores de liteira nas margens e no leito do igarapé foram medidas durante o mês (seco) de agosto. Houve uma relação positiva e significativa entre a precipitação e a quantidade de liteira do leito do igarapé (r2 = 0,5; p<0,001). A quantidade de liteira transportada para o leito do igarapé nesse período variou de 21,9 mg m-3 a 183 mg m-3. Durante a campanha intensiva, houve uma relação positiva e significativa entre a descarga do igarapé e as concentrações de DOC (r2 = 0,9; p<0,05), e entre a intensidade da precipitação e a exportação de liteira no leito do igarapé (r2 = 0,5; p<0,05).
Sessão: Biogeoquímica - A biogeoquímica das interações entre terra e água: integrando pequenos reservatórios a grande bacia.
Tipo de Apresentação: Poster
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