ID do Resumo: 714
Estrutura da floresta, densidade da madeira e biomassa de árvores de dossel na Amazonia brasileira
Variações na distribuição espacial da estrutura da floresta e composição florística de árvores são importantes para quantificar biomassa viva acima do solo. No entanto, essas variações ainda são pouco conhecidas na Amazônia, devido principalmente à ausência de levantamentos padronizados cobrindo a extensa região. Neste estudo nós mostramos a distribuição espacial e quantificamos as diferenças em densidade de árvores de dossel, área basal, densidade da madeira e biomassa viva acima do solo em cinco principais tipos de florestas definidas no sistema de classificação da vegetação brasileira. Cerca de 2.600 parcelas de 1 ha, inventariadas de forma padronizada pelo Projeto RADAMBRASIL e distribuídas sobre florestas densas (de terra-firme e aluviais), florestas abertas (de terra-firme e aluviais) e florestas semidecíduas na Amazônia brasileira, foram analisadas. As variáveis estruturais da floresta, a densidade da madeira e a biomassa foram espacializadas para Amazônia brasileira, com ajuda de ferramentas de geoestatística e SIG (Sistema de Informações Geográficas) e as variações dentro e entre classes de vegetação foram avaliadas. Nenhuma das variáveis, de estrutura, densidade de madeira ou biomassa, separou significativamente os cinco tipos de floresta avaliados (ANOVA - nível de significância p < 0,05). As florestas densas de terra-firme e aluviais têm densidade de árvores, área basal e biomassa similares. As florestas abertas (terra-firme e aluviais) e semidecíduas são similares em densidade de árvores, mas em área basal os três tipos de floresta são diferentes. Densidade da madeira difere entre três tipos de florestas avaliados, mas não separa florestas densas aluviais das semidecíduas. Os resultados deste estudo mostram que as classes de vegetação adotadas na Amazônia brasileira e em diversos estudos na bacia amazônica não se distinguem bem em termos de estrutura florestal e biomassa viva acima do solo e que, portanto, variações espaciais dentro de cada tipo de floresta devem ser consideradas.
Sessão: Biodiversidade - Redes de parcelas permanentes para inventários de biodiversidade e estoques de carbono: integrando metas taxonômicas e de ecosistema.
Tipo de Apresentação: Oral
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