ID do Resumo: 377
(canceled) A viabilidade do manejo florestal comunitário: reflexões a partir das experiências no sudoeste paraense
Entre os anos de 1999 e 2007, o Projeto de Apoio ao Manejo Florestal Sustentável na Amazônia (Promanejo) fomentou e financiou cerca de 90 empreendimentos florestais. Dentre estes empreendimentos estão os chamados projetos de manejo florestal comunitário (MFC), financiados por intermédio da linha de ação denominada “Iniciativas Promissoras”. O MFC é geralmente considerado como uma alternativa potencial para extrativistas e agricultores interessados em complementar sua renda com o aproveitamento da floresta em vez de converter o uso do solo para agricultura e pecuária. No Brasil, as áreas para uso comunitario somam mais de 120 milhões de hectares (Reservas Extrativistas, Projetos de Assentamento Extrativista ou Reservas de Desenvolvimento Sustentável) além dos planos de manejo florestal comunitário em Projetos de Assentamento Agrícola. Entretanto, vários dos fatores revelados pelas analises realizadas no inicio dos anos 2000, e que impactavam negativamente a viabilidade do MFC, continuam presentes oito anos depois.
A fim de contribuir para o aprofundamento da reflexão sobre como e por que alguns fatores ainda ameaçam a viabilidade do MFC e buscando discutir quais seriam as medidas necessárias para a viabilização dos empreendimentos comunitários no longo prazo, este artigo relata e analisa duas experiências apoiadas pelo Promanejo na mesorregião do sudoeste paraense. A revisão da trajetória de preparação, aprovação e implementação dos planos de manejo florestal da Cooperativa Agroextrativista Novos Rumos, no município de Uruara, e a experiência dos comunitários do PDS Virola-Jatobá de Anapu fornecem as pistas para melhor compreender o problema da viabilidade econômica, ecológica e social dos empreendimentos de manejo florestal comunitários em assentamentos da reforma agraria. Adicionalmente, a partir da elaboração de cenários prospectivos de longo prazo, discute-se sob quais condições o balanço custo-beneficio destes projetos pode vir a ser positivo para os comunitários envolvidos, evitando a conversão das áreas florestais para pastagens ou agricultura.
Sessão: Política Pública e o Desenvolvimento Sustentável - Cenários para o desenvolvimento sustentável.
Tipo de Apresentação: Oral
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