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ID do Resumo: 25

Assentad@s da reforma agrária na Amazônia: trajetórias e estratégias de sobrevivência

Em torno de 38% das famílias assentadas no Programa da Reforma Agrária no Brasil encontram-se na Amazônia brasileira. Os impactos desta concentração são consideráveis, tanto por sua significância para o meio ambiente e para a economia e política regionais, como para a própria sobrevivência dos assentados. Neste contexto, cabe lembrar a relativa fragilidade do meio ambiente amazônico e a infra-estrutura social e física incipiente da região. Além disso, o contexto regional, nacional e internacional exerce um papel importante nas decisões dos assentados, através das demandas mundiais por minerais, gado, madeira e grãos, produtos que estão sendo explorados na região. As configurações socio-políticas, com predominância de grupos da elite local (fazendeiros, donos e funcionários de empresas nacionais e internacionais), e o uso de práticas clientelistas, limitam o espaço físico, simbólico e político dos assentados. Por outro lado, a região conta com um movimento social combativo e experiente, que assumiu o papel de mediador entre os assentados e o Estado. Esse cenário de glocalização me induz às seguintes perguntas: quais as trajetórias dos assentados e quais as estratégias de sobrevivência das pessoas, e quais os ajustes nessas estrategias, dado que as margens de manobra d@s assentad@s são limitadas. El@s conseguem segurar a sua sobrevivência ou el@s são meras vitimas das forças locais e globais? Essa contribuição baseia-se numa pesquisa de campo recentemente terminado pela proponente na região sudeste do Pará.

Sessão:  Política Pública e o Desenvolvimento Sustentável - Perspectiva de pesquisa Pan-Amazônica ligando os sistemas naturais e sociais da bacia dos Andes com a bacia Amazônica.

Tipo de Apresentação:  Poster

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