ID do Resumo: 14

Análise da alteração do uso do solo em função do tempo na região do Parque Estadual do Cantão, Tocantins, Brasil

O Cerrado e a Floresta Amazônica vêm sofrendo grande degradação nas últimas décadas em decorrência do uso intensivo do solo pelas atividades humanas. A zona de transição entre estes biomas se sobrepõe, em grande parte de sua extensão, com o arco do desmatamento. Apesar da importância destas regiões, poucos estudos foram realizados nestas áreas até o momento. Neste contexto, está inserido o Parque Estadual do Cantão-TO, onde está situada uma das torres do LBA. O objetivo deste estudo foi analisar as alterações no uso do solo na região ao longo de duas décadas. Para isso, foram utilizadas imagens Landsat 2 MSS (1981) e Landsat 5 TM (2001) para a interpretação e classificação do uso do solo. A área foi classificada em floresta, cerrado, agropastoril, água e urbanização. Os resultados obtidos mostram que, no período estudado, houve uma redução das áreas de floresta de 63,26 para 55,87 km², e de cerrado de 41,74 para 28,50 km², acompanhado do aumento de mais de três vezes da área agropastoril. Essas alterações também estão associadas ao aumento do número de fragmentos nas classes floresta, cerrado e agropastoril, já que o avanço da agricultura e pecuária está diretamente relacionada com a fragmentação de áreas de vegetação nativa. O mapeamento de alterações temporais da paisagem forneceu informações importantes sobre as áreas com maior pressão de desmatamento. Também foi possível atribuir pesos diferentes para os fatores responsáveis por esta pressão, e com isso utilizá-lo como subsídio para o planejamento e desenvolvimento da área de interesse.

Sessão:  Mudanças de Uso e Cobertura das Terras e suas Dimensões Sociais - Tendências atuais e futuras de mudanças de uso e cobertura da terra e intensificação da agricultura.

Tipo de Apresentação:  Poster