ID do Resumo: 372

Variabilidade espacial e biomassa de raízes associado ao fluxo de CO2 na Reserva Florestal de Caxiuanã (PA)

Em ecossistema tropical natural 40% do carbono é estocado nas raízes, sendo responsável por 30-50% da produtividade primaria liquida do ecossistema. Neste contexto, o presente trabalho teve por objetivo analisar a biomassa de raízes com relação à variação topográfica em diversas profundidades associando ao fluxo de CO2 na superfície do solo. Este experimento fez parte do COBRA-PARA, na Estação Científica “Ferreira Penna” (ECFPn-MPEG), ao final da estação seca de 2006. A variação topográfica da área estudada foi determinada através de um nível de mangueira com água. Com um trado manual, foram coletadas amostras triplicadas de solo em quatro pontos com características topográficas distintas, e em cinco profundidades (0-10, 50-60, 100-110, 150-160 e 180-190 cm). As amostras foram analisadas em laboratório do MPEG. O fluxo superficial de CO2 foi medido com câmaras estáticas em aparelho EGM-4 PP Systems. Os resultados revelam que no perfil analisado existe uma elevação da topografia de 242,9 cm no transecto analisado. O desenvolvimento radicular, ao longo do perfil topográfico, mostrou uma maior concentração de raízes na superficial do solo, para todos os níveis topográficos em comparação aos perfis mais profundo do solo. Contudo, nas topografias mais elevadas foi observado uma maior biomassa de raízes, abaixo de 50 cm de profundidade, do que nas topografias mais baixas (perto do rio). Essa maior densidade de raízes encontrada abaixo de 50 cm de profundidade pode estar relacionada com a busca de água pelas plantas para suportar períodos de déficit hídrico. A análise dos dados de fluxo de CO2 revelou uma variação no fluxo de CO2 no transecto estudado, tendo fluxos de CO2 mais elevado próximo às margens do rio, com uma significativa variação local e durante 24 horas de medição.

Sessão:  Carbono - O papel da sazonalidade no balanço de água e carbono.

Tipo de Apresentação:  Poster