ID do Resumo: 598
Suscetibilidade histórica de incêndios florestais na região de Carajás (PA)
A Região de Carajás, no estado do Pará, abriga hoje uma vasta área de florestas protegidas por Unidades de Conservação e Terras Indígenas. Apesar dos investimentos e esforços, de empresas privadas e órgãos governamentais, para evitar os incêndios florestais, estes ainda são registrados, sendo um dos maiores fatores de degradação da floresta, da flora e da fauna. Portanto, há uma necessidade de melhorar o entendimento destes fenômenos de queima na atualidade, e sua evolução nas diversas escalas temporais, o que permitirá estabelecer padrões comparativos entre ocorrências de incêndios relacionadas a razões climáticas e antrópicas. O presente trabalho pretende avaliar a evolução climática da região de Carajás, ao longo do Quaternário, com ênfase à ocorrência de incêndios históricos naturais relacionados a eventos paleoclimáticos. Para tanto, foi coletado testemunho de sedimento lacustre com 450 cm de profundidade com cronologia determinada pelo método do radiocarbono com objetivos específicos de quantificar e qualificar a origem do material sedimentar, determinando as concentrações de elementos biogênicos e minerais, por meio de análises granulométricas, mineralógicas, e de qualidade e quantidade de matéria orgânica através da determinação das relações elementares (relação C/N) e isotópicas (δ13C e δ15N). O dimensionamento de processos ligados a queima da vegetação será determinada através da quantificação de fragmentos de carvão resultantes de incêndios através de análises microscópicas. Com isso, pretende-se reconstruir o cenário ambiental e as condições paleoclimáticas relacionadas a eventos de queima de vegetação demonstrando a suscetibilidade histórica desta região à ocorrência de incêndios em função da diferentes fases climáticas identificadas.
Sessão: Carbono - Efeitos do uso e cobertura da terra em estoques de carbono.
Tipo de Apresentação: Poster
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