ID do Resumo: 108
MODELAGEM HIDROLÓGICA DA BACIA AMAZÔNICA USANDO O MODELO DE CAPACIDADE DE INFILTRAÇÃO VARIÁVEL (VIC)
A modelagem hidrológica permite compreender melhor o ciclo da água para depois simular as possíveis alterações que este pode sofrer. O objetivo deste trabalho é caracterizar as variações inter e intra anuais do ciclo hidrológico na Amazônia através do modelo hidrológico VIC - Variable Infiltration Capacity, simulando o período de 1979 a 2006. Foram utilizados dados diários de temperatura máxima e mínima, precipitação e vento, bem como informações sobre a cobertura vegetal e solos, com resolução espacial de 0,25o. O modelo foi calibrado de forma distinta para seis sub-bacias: Madeira, Purus, Juruá, Japurá, Negro e Santo Antônio do Içá, comparando-se a descarga simulada à observada para o período de 1980 a 1991. Dados mais recentes de descarga estão sendo obtidos para verificar a acurácia do modelo. Não foram obtidos bons resultados para as bacias que drenam os Andes (Santo Antônio do Içá e Japurá) provavelmente devido a sub-estimativa da precipitação, a qual se mostrou igual ou inferior à descarga medida nestas sub-bacias. Já para as outras sub-bacias, o modelo simulou a descarga com boa precisão. A evapotranspiração (ET) modelada mostrou uma limitação por água nas duas regiões mais ao sul (Madeira e Purus), ou seja, menor ET durante a época seca. Já as sub-bacias do Negro e Juruá, mais próximas do equador, não mostraram significativa limitação por água na ET. A ET mádia das quatro sub-bacias em que o modelo apresentou bom desempenho foi de aproximadamente 3 mm dia-1, inferior aos valores de ET comumente reportados na região, de 3 a 5 mm dia-1. Apesar disso o modelo mostrou ser uma valiosa ferramenta para a avaliação do ciclo hidrológico da Amazônia.
Sessão: Retroalimentação ao Clima - Feedbacks sobre monitoriamento da terra, hidrologia e atmosfera.
Tipo de Apresentação: Poster
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