ID do Resumo: 155
Fluxos de superfície e o microclima em áreas de cerrado, cana-de-açúcar e eucalipto.
Este trabalho investiga as potenciais
mudanças do clima decorrentes das mudanças do uso da terra no sudeste do
Brasil. Realizou-se a análise de um conjunto de observações micrometeorológicas
no período de fevereiro de 2005
a fevereiro de 2006, sobre áreas de cerrado,
cana-de-açúcar e eucalipto localizadas no norte do estado de SP. O balanço de
energia no cerrado indicou que o saldo de radiação foi maior que sobre a
cana-de-açúcar, devido principalmente ao maior albedo e perda de radiação de
onda longa na cana. No eucalipto o saldo de radiação foi semelhante ao do
cerrado. A partição de energia no cerrado e na cana-de-açúcar diferiu
marcadamente nos quatro meses após a colheita, quando a razão de Bowen e o fluxo de calor no solo foram maiores na
cana-de-açúcar. No período úmido o eucalipto destacou-se com maior evapotranspiração (5,2 mm/dia) do que no cerrado e na
cana-de-açúcar (3,1 e 2,5 mm/dia, respectivamente). Apesar disso, o eucalipto
foi a área mais sensível à condição de estresse
hídrico, reduzindo a evapotranspiração em maior
proporção no final estação seca. A temperatura máxima diária (Tmax) sobre o cerrado foi menor que sobre cana-de-açúcar
(de 1,3 a
2 ºC) e maior do que sobre o eucalipto (de 0,5 a 1,3 ºC), consistente
com a comparação da partição de energia na maior parte do ano. A temperatura
mínima diária (Tmin) sobre o cerrado foi maior que
sobre a cana-de-açúcar (por até 3 ºC) e maior do que
sobre o eucalipto (por até 1 ºC).
Sessão: Retroalimentação ao Clima - Feedbacks sobre monitoriamento da terra, hidrologia e atmosfera.
Tipo de Apresentação: Poster
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