ID do Resumo: 226
Caracterização hiperespectral de tipos de água em áreas alagáveis da Amazônia
Está bem documentada na literatura a estreita relação entre os tipos de massas de água que circulam pelas áreas alagáveis amazônicas e a biodiversidade e produtividade de seus habitas. O que ainda não é bem conhecido para toda região é a distribuição no tempo e no espaço de tais massas de água, uma vez que suas propriedades dependem não somente do pulso de inundação, mas também de fatores locais como relevo, precipitação, regime de ventos cobertura vegetal e seu estado de conservação, entre outros. Com a crescente pressão humana sobre os recursos da várzea, torna-se fundamental uma melhor caracterização dessas massas de água, as quais podem ser usadas como indicador de biodiversidade. O uso de métodos de campo para essa caracterização é economicamente inviável, o que torna o uso de sensoriamento remoto especialmente relevante, principalmente com o advento de sensores hiperespectrais. A ampliação do uso dos sensores hiperespectrais depende, entretanto, da existência de dados sobre as propriedades ópticas inerentes das diferentes massas de água ou de um conjunto de curvas espectrais de referência. O objetivo deste trabalho é apresentar a abordagem e os resultados preliminares da validação de um conjunto de curvas espectrais de referência, obtidas em campo, para a identificação e classificação de corpos d’água em áreas alagáveis da Amazônia. As curvas espectrais de campo foram agrupadas em 3 tipos de água pelo classificador SAM (Spectral Angle Mapper) a saber: 1) água clara com baixa turbidez; 2) águas produtivas com máximos de refletância no verde e bandas de absorção de clorofila-a em 440 e 680 nm; 3) água com dominância de SIS e alto espalhamento da radiação na região do vermelho e IVP (Infravermelho Próximo).
Sessão: Biogeoquímica - Processos funcionais em ecossistemas alagáveis.
Tipo de Apresentação: Poster
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