ID do Resumo: 418
Integração e disseminação de dados sobre espécies e espécimes: a experiência da rede speciesLink
A rede speciesLink (splink.cria.org.br) foi inicialmente financiada pela Fapesp (2001 - 2005) com o objetivo de desenvolver um sistema que integrasse dados dos acervos de coleções biológicas do Estado de São Paulo com o Sistema de Informação do Programa Biota/Fapesp e com a rede Species Analyst, a primeira rede distribuída de dados sobre espécimes disponível na Internet. A meta final era criar uma infra-estrutura de dados dos acervos de acesso livre e aberto.
Alguns conceitos importantes que caracterizam esta rede são:
- As coleções (provedores dos dados) têm total domínio sobre seus dados, inclusive definindo o que é ou não disponibilizado;
- O sistema é dinâmico, permitindo atualizações sempre que necessário, com total autonomia da coleção; e,
- As coleções têm autonomia para manter ou escolher o software e ambiente computacional que melhor atendem às suas necessidades e competência instalada.
A maioria das coleções não tem especialistas em informática e/ou servidores e infra-estrutura de rede para manter um sistema aberto a consultas 24 horas por dia, 365 dias por ano. A rede, assim, tem que viabilizar a participação de todas as coleções, com ou sem capacitação e infra-estrutura adequadas.
Assim, graças a essa arquitetura que prioriza e facilita a participação do provedor dos dados (as coleções biológicas), a rede speciesLink conta hoje com a participação de 155 coleções e subcoleções de aproximadamente 50 instituições de pesquisa do país, inclusive do INPA (com apoio do PPBio), da rede de herbários do nordeste, das redes dos estados do Espírito Santo, São Paulo e Paraná, da rede de polinizadores e do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. De acordo com uma avaliação realizada no dia 14 de agosto de 2008, (splink.cria.org.br/manager/) a rede disponibiliza 2,8 milhões de registros, sendo 1,2 milhão georeferenciados.
Além do sistema de busca e recuperação de dados e da visualização dos dados em uma base cartográfica, foram desenvolvidas ferramentas (splink.cria.org.br/tools) para georeferenciamento e data cleaning e para modelagem do nicho ecológico de espécies (openModeller - openmodeller.sourceforge.net). O desenvolvimento do openModeller está sendo realizado com o apoio da Fapesp e em parceria com a Escola Politécnica da USP (Poli) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Sessão: Biodiversidade - Integração e disseminação de dados e metadados: desafios e soluções para o Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio).
Tipo de Apresentação: Oral
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