Abstract ID: 574
Assentamentos rurais; Vilões ou vítimas do desmatamento?
A Amazônia legal apresenta hoje, cerca de 13% do seu território desflorestado (PRODES, 2007). O Pará está entre os principais Estados, apresentando índice que alcançou em 2006, 17 % de sua área desflorestada, correspondendo a 31% de todo o desmatamento da Amazônia brasileira.
Dentro deste escopo, nos últimos anos uma grande polemica relacionada ao assunto veio à tona, a relação do avanço do desmatamento e os assentamentos rurais. Publicações recentes enfatizaram o papel destes atores como um potencial motor para o desmatamento, colocando estes, em geral pequenos agricultores, no mesmo patamar de outros agentes desmatadores bem mais estruturados.
O presente trabalho busca responder a seguinte questão: quais os principais fatores que levam o assentado a tomada de decisão sobre a floresta? Partindo da hipótese que não podemos generalizar os atores do desflorestamento, buscamos refinar o papel dos assentamentos nesta situação. Para isso, executar a associação das geotecnologias com dados primários, secundários (crédito rural, entre ouros). Este exercício tem como alvo os assentamentos rurais presentes nos 12 municípios do Estado do Pará integrantes na lista dos 36 municípios que mais desmataram a Amazônia em 2007, divulgada pelo MMA, mais o município de Marabá, no mesmo Estado.
A quantificação do desflorestamento nos assentamentos em questão, associado a fatores físicos, sociais e econômicos, nos dão um melhor entendimento dos processos de decisão do uso da floresta pelos assentados. Permitindo uma melhor qualificação do seu papel enquanto ator envolvido no desmatamento da Amazônia.
Palavras chaves: Desflorestamento, Assentamento Rurais, Geotecnologias, Agricultura Familiar.
Session: LCLUC and Human Dimensions - Social-economic drivers of land-use and land-cover change.
Presentation Type: Poster
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