A influência do fenômeno El Niño (1982-1983 e 1997-1998), em 4 estados da região norte do Brasil.
Andreza
Carla
Martins, Universidade Federal do Pará - UFPA, krlinha@terra.com
(Apresentador)
Ulisses
Confalonieri, Fundação Oswaldo Cruz -FIOCRUZ, pmags@ensp.fiocruz.br
Edson
Paulinho da
Rocha, Universidade Federal do Pará - UFPA, eprocha@ufpa.br
Pedro
Rolim, Agência de Desenvolvimentoda Amazônia - ADA, rolim@ada.gov.br
Alguns fenômenos interferem no comportamento atmosférico, causando consideráveis variabilidades interanuais. O El Niño é um fenômeno de interação oceano-atmosfera, caracterizado por alterações nos padrões normais da temperatura da superfície do mar (TSM) e dos ventos alísios na região do Pacífico Equatorial, entre a Costa Peruana e a Austrália. Tais episódios influenciam a circulação da atmosfera nos níveis baixos e altos, determinando mudanças nos padrões de transporte de umidade, e, portanto variações na distribuição das chuvas em regiões tropicais e latitudes médias.
Com o objetivo de estudar a influência deste fenômeno na região norte do Brasil, onde seus efeitos são de secas moderadas a intensas no norte e no leste da Amazônia nos anos em que estes foram considerados de intensidade forte, 1982 a 1983 e 1997 a 1998, foram obtidos dados de 238 estações meteorológicas de quatro estados: Amazonas, Pará, Amapá e Maranhão e assim foram confeccionados gráficos da variabilidade temporal de precipitação e assim associá-los ao El Niño. Foi comum encontrar valores de anomalia muito diferentes em estações próximas uma a outra.
O regime pluviométrico da região é determinado pela ação de diversos mecanismos atmosféricos, tais como a ZCIT, linhas de instabilidade, frentes, aglomerados de cumulus, entre outros. Estes mecanismos podem alterar seus comportamentos devido à ocorrência de certos fenômenos, periódicos ou não. No caso do fenômeno ENOS, que age ciclicamente, há consideráveis mudanças nos padrões de circulação atmosférica, que podem gerar as diferenças encontradas em algumas variáveis meteorológicas, como a precipitação pluviométrica, por exemplo.
Submetido por Andreza Carla da Silva Martins em 31-MAR-2005