Taxas de Decomposição de Liteira em Áreas de Manejo de Corte de Madeira e Floresta não Perturbada na FLONA Tapajós, Santarém, Pará.
Augusto
Rodrigues
Maia, UFPa, augusto@lbaeco.com.br
(Apresentador)
Humberto
Ribeiro
da Rocha, USP, humberto@model.iag.usp.br
Chris
Erick
Dougthy, UCI, cdougthy@uci.edu
O corte seletivo de árvores em uma área de floresta primária pode resultar em decréscimo no armazenamento de carbono em biomassa viva e um aumento das emissões de carbono através do processo de decomposição. O processo de decomposição de liteira tem uma participação significante no ciclo do carbono na floresta e este pode contribuir para o entendimento do efeito estufa. Para isso o Projeto LBA de Santarém (Experimento de Grande Escala na Biosfera-Atmosfera da Amazônia) está realizando na Floresta Nacional do Tapajós no Km 83 um estudo que está tentando entender qual a diferença de decomposição de liteira entre áreas de corte seletivo de madeira e não alteradas. Este trabalho iniciou-se em Abril de 2002 e as mensurações estão sendo feitas a cada três meses. Estão sendo realizados três testes de diferença no percentual de decomposição: 1) entre as clareiras deixadas pelo corte de madeira e alguns pontos na floresta primária; 2) entre folhas verdes de árvores cortadas e folhas secas da liteira, ambas em clareira e floresta fechada; e 3) entre a estações seca e chuvosa. Os resultados preliminares indicam que a decomposição de liteira: 1) na floresta fechada é maior do que nas clareiras (p<0.001); 2) nas folhas verdes é maior do que nas secas (p<0.05); e 3) provavelmente a decomposição na estação chuvosa seja maior do que na seca. Por tanto há uma diferença significante nos dois primeiros testes sendo que o terceiro está dependendo de futuras amostragens e que este trabalho é de suma relevância para o entendimento do ciclo do carbono na Amazônia.
Submetido por Augusto Rodrigues Maia em 31-MAR-2005
Tema Científico do LBA: CD (Armazenamento e Trocas de Carbono)
Sessão: Sessão: Vegetação, serrapilheira e solo na dinâmica do carbono em ecossistemas florestais