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Germinação e Predação de sementes da Castanha-do-Pará (Bertholletia excelsa Humb. & Bonpl.) Lecythidaceae e Fatores que Condicionam Sua Regeneração.

Wanderley Rocha Silva, IPAM-Int. de Pesquisa Ambiental da Amazônia, wanderley@ipam.org.br (Apresentador)
Daniel Curtis Nepstad, IPAM-Int. de Pesquisa Ambiental da Amazônia e WHRC- Woods Hole research Center, dnepstad@whrc.org
Paulo Monteiro Brando, IPAM-Int. de Pesquisa Ambiental da Amazônia, pmbrando@ipam.org.br

A castanha-do-pará (Bertholletia excelsa Humb. & Bonpl.) é, certamente, uma das mais importantes árvores da floresta amazônica, em grande parte, pelo seu papel fundamental na organização socioeconômica de grandes áreas extrativistas de floresta, e além de está, ligada à cultura das populações tradicionais desta região. Seus produtos e subprodutos são utilizados há várias gerações, como fonte de alimentação e renda e é encontrada em vários países da Amazônia. Estudos recentes sugerem que o ciclo de renovação da espécie foi interrompido e as práticas atuais de coleta da castanha-do-pará em vários locais da floresta amazônica não são sustentáveis em longo prazo. Ou seja, árvores velhas não estão sendo substituídas por exemplares jovens devido à coleta excessiva de seus frutos. Entretanto, em ambientes pouco antropizados encontramos o mesmo problema, poucos indivíduos jovens na sua estrutura populacional. Uma das possíveis explicações para esse fato é que a população de animais como, por exemplo, cutias estão predando demasiadamente estas sementes, sendo até sugerido o controle populacional desses animais. Dentro deste contexto, homem e animais interferindo na estrutura populacional da castanha-do-pará objetivou-se saber a taxa de germinação e predação de B.excelsa na FLONA Tapajós, onde não há coleta dos frutos, e em um roçado próximo à cidade de Santarém. As sementes foram plantadas em maio de 2004, tanto na FLONA, quanto no roçado. Os dados até agora indicam que o índice de predação na floresta primária por animais foi muito superior (65%) ao do roçado, que foi de 10%. Ainda não houve verificação de germinação em ambas as áreas em decorrência do grande período que essas sementes levam para germinar.

Submetido por Wanderley Silva em 22-MAR-2005

Tema Científico do LBA:  LC (Mudanças dos Usos da Terra e da Vegetação)

Sessão:   Sessão Poster de LC (MUDANÇAS DOS USOS DA TERRA E DA VEGETAÇÃO)

ID do Resumo: 8

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