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Efeito da mudança do uso da terra no comportamento ecofisiológico de componentes de sistema agroflorestal seqüencial no nordeste do Pará

Valdirene Costa de Oliveira, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), valdirene@web.de (Apresentador)
Tatiana Deane de Abreu Sá, Embrapa Amazônia Oriental, tatiana@cpatu.embrapa.br
Cláudio José Reis de Carvalho, Embrapa Amazônia Oriental, carvalho@cpatu.embrapa.br

Com mudanças no uso da terra, novas alternativas estão sendo desenvolvidas e propostas. Entre elas se encontra o melhoramento da capoeira na fase do pousio com arvores de rápido crescimento e que fixam nitrogênio atmosférico, contribuindo desta forma para o aumento da produção da biomassa, bem como de nutrientes a serem disponibilizados no próximo período de cultivo. Um aspecto relevante a avaliar neste sistema é o comportamento hídrico e fotossintético das espécies arbóreas endêmicas da capoeira e das espécies arbóreas plantadas. Este trabalho tem como objetivo conhecer o comportamento ecofisiológico desses componentes para que se tenha uma base mais forte para as tomadas de decisões quanto ao seu uso e manejo. O estudo foi realizado em área experimental pertencente à Fazenda Escola da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), no município de Igarapé-Açú, Pará. Foram estudadas duas espécies leguminosas de rápido crescimento, sendo R.mangium e S.paniculatum (capoeira melhorada) e seis espécies espontâneas (capoeira melhorada e queimada), sendo L.pubescens, V.guianensis, B.guianesis, D.rugosa, C.palmata e A.jupunba. A fotossíntese líquida (A) e condutância estomática (gs) foram monitorados com um analisador de gás infravermelho (IRGA-modelo Ciras-2, Portable PPSystems, U.S.A.). O potêncial hídrico foliar foi medido no campo usando uma bomba de pressão de Schölander em folhas frescas. As leituras foram feitas nas condições de equilíbrio antes do amanhecer (4-5:00h) e no máximo de estresse, após ao meio-dia (14-15:00h). Os resultados mostram que os valores médios do potencial hidrico da R.mangium foram mais elevados que da S.paniculatum em ambos períodos de monitoramento. O mês de nov/2003, mês de maior estresse hídrico, mostrou um decréscimo mais acentuado nos valores do potencial hidrico nas duas leguminosas. O mesmo acontece com as espécies endêmicas. A gs e A, apresentaram a mesma tendência de variação com o efeito de estresse hídrico, no mês de maior estresse hídrico. Quanto a A, a L.pubescens, C.palmata e A.jupunba apresentaram um comportamento similar as leguminosas, com um decréscimo no mês de maior estresse hídrico. Esses resultados sugerem que as trocas gasosas similares das espécies leguminosas e espontâneas na área triturada e queimada podem ser características interessantes para a seleção de espécies arbóreas a serem introduzidas em capoeiras e sua densidade de plantio para aumentar a biomassa.

Submetido por Valdirene Costa de Oliveira em 31-MAR-2005

Tema Científico do LBA:  LC (Mudanças dos Usos da Terra e da Vegetação)

Sessão:   Sessão Poster de LC (MUDANÇAS DOS USOS DA TERRA E DA VEGETAÇÃO)

ID do Resumo: 87

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