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Influência do Relevo no Conteúdo de Carbono no Solo em Floresta Amazônica

Luiz Carlos Rodrigues, UFMT, mattosr@cpd.ufmt.br (Apresentador)
Eduardo Guimarães Couto, UFMT, couto@cpd.ufmt.br
Evandro Carlos Selva, UFMT, evandroc@cpd.ufmt.br
João Paulo Novaes Filho, UFMT, jpnovaes@terra.com.br
Mark Johnson, Cornell, msj8@cornell.edu
Johannes Lehmann, Cornell, cl273@cornell.edu
Léo Adriano Chig, UFMT, lchig@pop.com.br
Susan Riha Riha, Cornell, sjr4@cornell.edu

O solo é uma importante fonte de carbono, apresentando grandes quantidades desse elemento passível de trocas com a atmosfera por eventuais perturbações nestes sistemas. O relevo de uma paisagem é um importante fator de formação dos solos, condicionando o fluxo de água e influenciando nas quantidades de carbono armazenadas. O objetivo deste trabalho foi de identificar o comportamento do carbono no solo em função de condições do relevo. Para isso foram feitas perfurações até a profundidade de 8 m em distintas condições de relevo: Platô (0-20% de declividade), encosta (20 a 40%) e sopé (>50%) em uma mata ripária nativa na porção Sul da Bacia Amazônica (Noroeste de MT). Os conteúdos de carbono apresentaram comportamento semelhante a outros estudos para este tipo de solo, diminuindo com a profundidade, nas diferentes posições na paisagem avaliada (p>0,05), até cerca de 7 m. Com valores entre 2 t C ha-1 (prof. 5 m) até 22 t C há (prof. 0,2 m) Foi observado um aumento sutil na profundidade de 7,5 e 8,0 m. Levando em consideração somente a parte mais suscetível do carbono para as trocas com a atmosfera (1m de profundidade), temos a seqüência: encosta (71) >Sopé (60) >platô (60 t C ha-1). Apesar das diferenças nos valores dos estoques de carbono de acordo com a posição na paisagem, estas não foram significativas (p>0,05). Em média nesta profundidade temos 66 t C ha-1, o que equivale a cerca de 50% do total (até 8 m). De acordo com o conteúdo de argila na camada de 0-20 cm (30,1 %), o solo em estudo apresenta conteúdo médio (22 t C ha-1) menor que aquele estimado para este tipo de solo. Considerando que com a derrubada da vegetação o conteúdo de carbono nos primeiros 60 cm são alterados, sofrendo decréscimo em cerca de 30 a 60%, o solo da região por conseqüência da derrubada para a agricultura ou pecuária, teria uma perda de cerca de 15 a 30 t C ha-1.

Submetido por Evandro Carlos Selva em 30-MAR-2005

Tema Científico do LBA:  CD (Armazenamento e Trocas de Carbono)

Sessão:   Sessão: O carbono: da fisiologia vegetal à dinâmica dos ecossistemas

ID do Resumo: 64

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