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Influência do uso da terra sobre a qualidade das águas de quatro igarapés na Amazônia Oriental: variabilidade espacial e sazonal de pH, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, temperatura, e turbidez

Patricio de Souza Silva, Bolsista ITI/CNPq-CTHidro, patriciomat@bol.com.br (Apresentador)
Ricardo de Oliveira Figueiredo, Embrapa Amazônia Oriental, ricardo@cpatu.embrapa.br
Ewerton da Silva Cunha, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, ewerton@ipam.org.br
Marysol Schuler, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, marysol@ipam.org.br
Daniel Markewitz, University of Georgia, DMARKE@smokey.forestry.uga.edu
Eric A. Davidson, The Woods Hole Research Center, edavidson@whrc.org

Este trabalho é realizado no âmbito de pesquisas sobre alterações biogeoquímicas em pequenas bacias hidrográficas em Paragominas e Capitão Poço, na Amazônia Oriental, onde predominam latossolos distróficos de textura média a muito argilosa, com nascentes ocupadas por florestas e demais áreas com diferentes usos da terra (pastagens, capoeiras, e agricultura). Parte destas ações é aqui apresentada e tem como objetivo avaliar, por meio de campanhas mensais de campo, as variações espacial e sazonal de pH, condutividade elétrica (Cond), oxigênio dissolvido (OD), temperatura (T), e turbidez (Turb) nos igarapés destas bacias e suas relações com o uso da terra. As medidas são realizadas in situ e em uma base de campo, utilizando-se equipamentos digitais portáteis. Os valores médios, medidos no período de junho de 2003 a fevereiro de 2005, nos igarapés Cinqüenta e Quatro (1), do Sete (2) e Pajeú (3), e Três Marias (4), foram os seguintes: 1. pH = 5,87, Cond = 41,2 µS, OD = 5,03 mg L-1, T = 29,3 ºC, e Turb = 92,8 FTU; 2. pH = 4,95, Cond = 31,9 µS, OD = 5,94 mg L-1, T = 28,3 ºC, e Turb = 14,1 FTU; 3. pH = 4,79, Cond = 37,9 µS, OD = 4,74 mg L-1, T = 27,3 ºC, e Turb = 15,8 FTU; 4. pH = 4,40, Cond = 21,6 µS, OD = 3,79 mg L-1, T = 24,9 ºC, e Turb = 15,4 FTU. Os resultados apontam para efeitos do uso da terra nestas bacias, não apenas relacionados com as entradas de nutrientes e sedimentos nos igarapés, com respostas de picos de condutividade e turbidez, mas também com os processos biogeoquímicos dentro do sistema aquático ocasionado decréscimo de oxigênio dissolvido nos açudes formados pelo represamento dos igarapés. Observam-se também relações das florestas com menores valores de pH e de temperatura nas cabeceiras dos igarapés estudados. Palavras-chave: hidroquímica fluvial, biogeoquímica, bacia hidrográfica, igarapés, uso da terra, Amazônia.

Submetido por Patrício de Souza Silva em 30-MAR-2005

Tema Científico do LBA:  B (Biogeoquímica)

Sessão:   Sessão Poster de B (BIOGEOQUÍMICA)

ID do Resumo: 58

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