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Ciclagem de Nutrientes através da Serapilheira em uma Cronossequência de Florestas no Nordeste Paraense

Sanae Nogueira Hayashi, Museu Paraense Emílio Goeldi, sanae@ipam.org.br (Apresentador)
Cláudio José Reis de Carvalho, EMBRAPA Amazônia Oriental, claudio@embrapa.cpatu.br
Ima Célia Vieira, Museu Paraense Emílio Goeldi, ima@museu-goeldi.br

Na Amazônia, grande parte das florestas convertidas para o uso agrícola e pecuário, foram abandonadas, surgindo vegetações em diferentes estágios sucessionais, denominadas florestas secundárias. Essa transformação ocasiona uma série de alterações na biodiversidade, estruturais e funcionais desses ambientes, como a mudança na dinâmica de nutrientes. Entretanto, uma das principais vias de transporte de nutrientes no ecossistema se dá através da mineralização do material depositado na camada da serapilheira. O objetivo desse trabalho foi avaliar aspectos da ciclagem de nutrientes através da serapilheira, quantificando a produção, decomposição e transferência de macronutrientes em uma cronossequência de florestas no município de Capitão Poço-PA. Foram selecionadas quatro florestas secundárias de 6, 10, 20 e 40 anos, e uma área de floresta primária, nas quais foram alocados, durante 12 meses, 30 coletores de serapilheira (50 x 50 cm). Para as análises de decomposição foram utilizadas 100 bolsas de nylon (20 x 20 cm) preenchidas com 10 g de folhas secas recém caídas na serapilheira e alocadas sobre o solo durante 270 dias. Os maiores valores da produção de serapilheira ocorreram durante a estação menos chuvosa em todas as áreas, na qual a quantidade média foi de 9,30; 10,28; 9,52; 11,08; 11,91 ton.há-1.ano-1, nas florestas de 6,10,20,40 anos e floresta primária, respectivamente. Porém o menor estoque de serapilheira foi encontrado da floresta primária durante todo o período, pois nas áreas mais velhas e já estabelecidas, há maior atividade biológica sobre o material. Quanto à concentração de nutrientes, a floresta primária e a floresta secundária de 40 anos apresentaram os maiores valores de N-total durante todo o período do estudo. Já as concentrações de P foram consideradas baixas em todas as áreas, confirmando o papel chave desse nutriente como limitante do crescimento das florestas secundárias.

Submetido por Sanae Nogueira Hayashi em 29-MAR-2005

Tema Científico do LBA:  B (Biogeoquímica)

Sessão:   B: Nutrientes na interface planta-solo-água

ID do Resumo: 32

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