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Avaliação do Efeito do Estresse Hídrico no Estabelecimento Inicial de Plântulas em uma Área Submetida à Exclusão Artificial de Chuva.

Artemizia Nunes Moita, IPAM- Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia., artemizia@ipam.org.br (Apresentador)
Paulo Monteiro Brando, IPAM- Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia., pmbrando@ipam.org.br
Daniel Curtis Nepstad, IPAM- Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia., dnepstad@whrc.org

O conhecimento da tolerância à seca pelas plântulas é um desafio para a compreensão do impacto das mudanças climáticas globais sobre a dinâmica florestal. O fenômeno climático El Niño, juntamente com o aumento do desflorestamento, tem provocado secas severas na Amazônia. Como conseqüência, são previstos diversos impactos à vegetação. Neste estudo objetivou-se avaliar o efeito do estresse hídrico no estabelecimento inicial de plântulas de diferentes grupos sucessionais: Clímax de crescimento lento, Manilkara huberi, Clímax de crescimento rápido, Erisma uncinatum; e pioneiras, Lindackeria latifolia; Inga edulis. Para cada espécie, foram coletas 400 plântulas retiradas com raízes nuas, de uma área de Floresta primária da FLONA, e introduzidas em vinte transectos implantados na área do experimento de exclusão artificial de chuva: Projeto “Seca Floresta”. Esse projeto é composto por duas parcelas – controle e tratamento – de um hectare cada. Na parcela controle, monitora-se a floresta em condições normais. A parcela tratamento está sujeita a uma seca artificial, através do uso de 5.660 painéis. Cada transecto foi dividido em duas subparcelas de 2,5 m - uma irrigada e outra não irrigada. Em visitas trimestrais, observaram-se a sobrevivência e os níveis de herbivoria de todas as plântulas, de acordo com os seguintes intervalos: 0%; 5-25%; 26-60%; e acima de 60. Dois fatores abióticos (água no solo e luminosidade) foram estudados. Os resultados mostram que o principal fator no estabelecimento de plântulas, sobrevivência, em ambas as parcelas, foi o aumento da incidência solar. Espécies clímax apresentaram as menores taxas de mortalidade. A herbivoria variou tanto “entre” quanto “dentro” de parcelas e espécies. Pode-se inferir que haverá uma mudança na dinâmica florestal caso as previsões de seca induzidas pelo aumento da freqüência do El Nino se concretize.

Submetido por Artemizia Nunes Moita em 15-MAR-2005

Tema Científico do LBA:  LC (Mudanças dos Usos da Terra e da Vegetação)

Sessão:   Sessão Poster de LC (MUDANÇAS DOS USOS DA TERRA E DA VEGETAÇÃO)

ID do Resumo: 2

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