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Calibração, Refinamento e Aplicação do Modelo Hidrológico VIC na Amazônia Brasileira.

Alailson Venceslau Santiago, LCE-ESALQ/USP, santiago@esalq.usp.br (Apresentador)
Daniel de Castro Victoria, LGTI-CENA/USP, dvictori@cena.usp.br
Maria Victoria Ramos Ballester, LGTI-CENA/USP, vicky@cena.usp.br
Antonio Roberto Pereira, LCE-ESALQ/USP, arpereir@esalq.usp.br
Reynaldo Luiz Victoria, LGTI-CENA/USP, reyna@cena.usp.br
Mariza C. Costa-Cabral, University of Washington, cabral@hydro.washington.edu
Jeffrey E. Richey, University of Washington, jrichey@u.washington.edu

A Amazônia é a maior floresta tropical existente, correspondendo a 2/3 do Brasil, e responsável por 1/5 da disponibilidade mundial de água doce e pelo maior banco genético do planeta. No entanto, desde as últimas décadas, essa região vem sofrendo profundas alterações nos seus padrões biofísicos e socioeconômicos desencadeados por um amplo processo de ocupação, tendo como base a substituição da floresta nativa por sistemas agropecuários que, em sua maioria, além de mudar as propriedades da cobertura do terreno e as características do solo, vêm promovendo alterações no ciclo hidrológico da região. Com o objetivo de quantificar tais alterações, o presente trabalho está calibrando e avaliando o desempenho do modelo hidrológico VIC (Variable Infiltration Capacity) para condições tropicais da Amazônia brasileira. O modelo está sendo testado inicialmente na bacia do Ji-Paraná (RO), com uma resolução de 1/10 de grau (~10 x 10 km)e alimentado com arquivos de solos (três camadas) e de vegetação (quatro classes), além de arquivos de forçantes climáticas, contendo dados diários de Chuva (mm), Temperatura do Ar (°C) e Velocidade do Vento (m/s), referentes aos anos de 1994 e 1995. Apesar do modelo ser projetado para grande escala (2 a 10 graus), e contar com uma limitação de dados climáticos na região, observamos que o mesmo vem apresentando boas relações com os valores encontrados na literatura. Um bom indicativo são as taxas de evapo(transpi)ração que vêm demonstrando uma boa coerência, e sincronismo, com os períodos de chuva e estiagem da região, variando proporcionalmente com o tipo de uso e cobertura do terreno, bem como, com a textura do solo. Nota-se, ainda, que a distribuição de raízes adotada no modelo simulam bem o papel das comunidades vegetais da região, principalmente nos primeiros meses dos períodos secos, destacando-se o processo evapotranspirativo nas áreas de floresta, onde o sistema radicular é mais desenvolvido e provavelmente auxilie na manutenção do microclima da região. O próximo passo é efetuar a validação do modelo, concomitantemente, com o refinamento das bibliotecas de solo e de vegetação, específicas para a região.

Submetido por Alailson Venceslau Santiago em 09-ABR-2005

Tema Científico do LBA:  SH (Hidrologia e Química das Águas)

Sessão:   Sessão Poster de SH (HIDROLOGIA E QUÍMICA DAS ÁGUAS)

ID do Resumo: 214

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