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Fluxos de vapor de água e CO2 em floresta de terra firme em São Gabriel da Cachoeira - AM

Mª Rosimar Pereira Soares Fernandes, INPA/LBA, mrosifernandes@yahoo.com.br (Apresentador)
Alexandre Barbosa dos Santos, INPA/LBA, axsantos@inpa.gov.br (Apresentador)
Antonio Ocimar Manzi, INPA/LBA, manzi@inpa.gov.br
Charles Lutero da Costa, INPA/LBA, chlutero@yahoo.com.br
Napoleão da Cruz Henrique, INPA/LBA, nherique@yahoo.com.br (Apresentador)

Fluxos de dióxido de carbono e vapor de água foram medidos em floresta primária de terra firme no Parque Nacional do Pico da Neblina. Estas medidas foram feitas através da técnica de covariância de vórtices turbulentos (eddy covariance), também foram feitas medidas do armazenamento do gás através do perfil da torre de 63 m além de medidas meteorológicas suplementares. Os valores máximos de absorção líquida de CO2 diurnas chegam a atingir picos de -30 µmol m-2 s-1, ficando em média -20 µmol m-2 s-1 (sinal negativo denota fluxo no sentido atmosfera-vegetação). Observando as respostas da fotossíntese líquida à luz, foram verificados rendimentos quânticos de 0.016 (outubro 2005) a 0.026 (fevereiro 2005). A eficiência de uso da água média diária aumentou de 2.5 µmol CO2/mmolH2O (outubro 2004) para 4.5 µmol CO2/mmol H2O (fevereiro 2005). Durante noites onde as condições estáveis prevalecem, observa-se acúmulo de CO2 na coluna de ar entre a superfície do solo e o topo da torre. Quando há o retorno das condições diurnas instáveis este CO2 armazenado é liberado, o que se verifica pela variação no armazenamento medido através do perfil de concentração. Algumas vezes isto se reflete em altos fluxos positivos de CO2 (no sentido vegetação-atmosfera) no início da manhã. Mas estes pulsos muitas vezes não são observados, significando que provavelmente parte do CO2 respirado pelo ecossistema não é quantificada pelo sistema de medidas de fluxo por covariância de vórtices, devido a processos de transporte lateral ou drenagem, como verificado em outros sítios experimentais na Amazônia. O valor médio da troca líquida de CO2 do ecossistema (NEE) estimado para a vegetação no período de janeiro a fevereiro de 2005 foi em média de -3.3 g m-2 dia-1. Este é provavelmente um valor superestimado da absorção de carbono que seria atribuído às limitações da metodologia inerente às medidas dos fluxos de CO2 nas condições noturnas.

Submetido por Maria Rosimar Pereira Soares Fernandes em 08-ABR-2005

Tema Científico do LBA:  CD (Armazenamento e Trocas de Carbono)

Sessão:   CD-II: Trocas de carbono entre a biosfera e atmosfera

ID do Resumo: 213

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