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Variação da composição isotópica do CO2 relacionados a fatores edafo- climáticos avaliados em florestas e pastagem da Amazônia Central.

Francoise Yoko Ishida, Cena-USP, fyishida@cena.usp.br (Apresentador)
Plinio Barbosa de Camargo, Cena-USP, pcamargo@cena.usp.br
Jean Ometto, Cena-USP, jpometto@cena.usp.br
Luiz Antonio Martinelli, Cena-USP, martinelli@cena.usp.br
Haroldo Silva, UFPA, haroldo@lbaeco.com.br
James Ehleringer, UTAH, ehleringer@biology.utah.edu

A Amazônia por sua dimensão territorial ainda preservada, desperta atenção como um dos ecossistemas que pode contribuir efetivamente para o aumento das emissões de carbono para a atmosfera, devido às ações antrópicas (ex: desmatamento e queimadas). Avaliar os fluxos gasosos, torna-se fundamental para identificar o balanço entre os processos fotossintéticos e respiratórios, quantificando e identificando em quais compartimentos estão ocorrendo essas variações no uso e liberação do CO2. A técnica isotópica surge como uma poderosa ferramenta ao estabelecer uma assinatura para o CO2 respirado, permitindo diferenciar cada componente no sistema. O presente estudo foi realizado em Santarém - Pará (2,85o S; 54,05º W), onde amostras de CO2 atmosférico e material orgânico de folhas foram coletadas mensalmente em uma Floresta Primária (km 67), Floresta Primária sob exclusão de chuvas (Seca Floresta) e Pastagem entre os anos de 2003 e 2004. Para avaliar as mudanças fisiológicas, associando-se às variações de sua composição isotópica dos vários componentes envolvidos no sistema, associados à cobertura vegetal de cada área, aplicou-se o método de Keeling plots (Keeling C., 1958) e o modelo de fracionamento isotópico (Farquhar et al. 1989). A composição da razão isotópica do carbono (13C/12C) abaixo do dossel, representado pela relação ci/ca, variou entre 0,71 a 0,74 no seca floresta e entre o, 83 a 0,89 no km 67, ambos na época úmida. Encontrou-se ainda uma estreita relação entre a variação isotópica do CO2 respirado na floresta primária com a precipitação. A variação anual dos valores isotópicos na pastagem foi de -16‰ a -24‰ (plantas de ciclo fotossintético tipo C4) e no km 67 de -26‰ a -36‰ (plantas de ciclo C3). As variações no sinal isotópico do carbono associado com as diferentes coberturas vegetais, podem ser um indicativo dessas coberturas aos fluxos regionais de CO2.

Submetido por Francoise Ishida em 07-ABR-2005

Tema Científico do LBA:  CD (Armazenamento e Trocas de Carbono)

Sessão:   CD-IV: O carbono: da fisiologia vegetal à dinâmica dos ecossistemas

ID do Resumo: 205

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