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Verificação da assimetria e curtose dentro e acima da floresta na reserva biológica do Jaru

Maria Betânia Oliveira, INPA, betania@inpa.gov.br (Apresentador)
Antonio Ocimar Manzi, INPA, manzi@inpa.gov.br
Celso von Randow, WageningenUniversity and Research centre, Celso.vonrandow@wur.nl

Para melhor entender os mecanismos de troca turbulenta entre a floresta Amazônica e a atmosfera é importante se estudar as características do escoamento tanto nas camadas de ar dentro da copa e superficial, quanto na chamada sub-camada rugosa, onde geralmente as medidas de fluxos são efetuadas. Neste trabalho nós verificamos a assimetria e curtose em alturas dentro e acima da copa no sítio de floresta do LBA em Rondônia (Rebio Jaru), onde a altura da copa varia em média entre 30 e 35 m, porém alguns dos galhos mais altos atingem 40 m. Os dados foram coletados em setembro, outubro e novembro de 2002, durante a campanha RACCI do LBA, na transição entre a estação seca e chuvosa, em até 60 m de altura. Os ciclos médios diários da assimetria e curtose para os níveis dentro e acima da copa revelam que na camada entre 22 e 40 metros, em períodos diurnos a assimetria de u é positiva e a assimetria de w é negativa, indicando que nesses níveis a turbulência é dominada por movimentos de intrusão do ar, que se mostram mais freqüentes próximo da altura da copa, porém com a distribuição de movimentos verticais descendentes relativamente mais assimétrica em níveis próximos da superfície. Durante a noite, a mesma situação pode ser verificada porém com menor intensidade. A curtose da componente u apresenta valores maiores nos níveis de 22 e 33 metros, o que significa ocorrência de eventos extremos, enquanto que nos demais níveis apresenta valores em torno de 3. No caso da componente w, tem-se maiores valores nos níveis mais baixos (5 e 22 metros) enquanto que à noite os valores mais altos foram verificados em 60 e 33 metros. No caso do nível de 60 metros, têm-se que a distribuição da componente u do vento se aproxima de uma distribuição gaussiana tanto durante o dia com a noite, com assimetria próximo de 0 e curtose em torno de 3, enquanto que para w, a assimetria é sempre positiva o que indica a predominância de ejeções. Estes resultados indicam que no nível de 60 metros, os efeitos da sub-camada rugosa já são minimizados e a turbulência já apresenta características mais da camada superficial.

Submetido por Maria Betânia Leal de Oliveira em 07-ABR-2005

Tema Científico do LBA:  PC (Física do Clima)

Sessão:   Sessão Poster de PC: Física do Clima

ID do Resumo: 202

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