Fluxos de dióxido de carbono e energia em uma floresta tropical no sudoeste da Amazônia
Renata
Gonçalves
Aguiar, Universidade Federal de Rondônia - UNIR, rgaguiar@cpd.ufmt.br
(Apresentador)
Celso
Von
Randow, Wageningen University & Research Centre, celso.vonrandow@wur.nl
Leonardo
José Gonçalves
Aguiar, Universidade Federal de Rondônia - UNIR, veraneiro@yahoo.com.br
Anderson
Teixeira
Telles, Universidade Federal de Rondônia - UNIR, andersong3@ibest.com.br
Fernando
Luiz
Cardoso, Universidade Federal de Rondônia - UNIR, cardoso@unir.br
Antônio
Ocimar
Manzi, Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia - INPA, manzi@inpa.gov.br
Nicolau
Priante Filho, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, nicolaup@terra.com.br
Em contrapartida aos problemas gerados pelos altos níveis de CO2 na atmosfera, a Floresta Amazônica desempenha importante papel no clima regional e global. Com uma extensa área de floresta tropical úmida, ela influi no clima principalmente através da emissão ou retenção de gases e da evapotranspiração. No intuito de estudar estes processos, vêm sendo realizadas desde fevereiro de 1999 medidas contínuas dos fluxos de momentum, de calor sensível e latente e de CO2 utilizando o método de covariância de vórtices turbulentos em um sítio experimental situado na Reserva Biológica do Rio Jaru, em Ji-Paraná-RO. Em novembro de 2002 este sítio foi desativado porque invasores estavam desmatando e queimando nas proximidades da torre, o que poderia interferir nas medidas efetuadas. Em janeiro de 2004 a torre foi reativada na mesma reserva, mas a 13 km de distância do antigo local. Tendo em vista a necessidade de entender os processos relacionados ao balanço de energia e ao ciclo do carbono, este trabalho teve o propósito de analisar os padrões de variabilidades sazonais e do ciclo diurno dos fluxos de massa e energia medidos de janeiro a outubro de 2004 e comparar o comportamento desses fluxos no atual sítio com o antigo para verificar se a mudança de local afetaria os resultados obtidos anteriormente. No atual sítio durante a estação seca o fluxo de calor latente apresentou diminuição de 19,6% e o de calor sensível apresentou aumento de 118,2% em relação à estação chuvosa. O máximo de assimilação de carbono ocorreu na estação chuvosa com pico de 23,5 μmol m-2 s-1. A integração dos fluxos de CO2 indicou uma assimilação pelo ecossistema equivalente a 5,01 t C ha-1 ano-1. Estes resultados quando comparados com os do antigo sítio experimental mostraram que o atual sítio obteve uma resposta mais clara à estação seca na região.
Submetido por Renata Gonçalves Aguiar em 29-MAR-2005
Tema Científico do LBA: CD (Armazenamento e Trocas de Carbono)
Sessão: CD-II: Trocas de carbono entre a biosfera e atmosfera