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Variabilidade sazonal e estudo comparativo da composição química e nutricional da liteira em uma floresta de transição (Sinop-MT) e em uma floresta não perturbada (FLONA Tapajós)

Marcos Augusto Scaranello, Escola Superior de Agricultura, scaranel@esalq.usp.br (Apresentador)
Janaina Braga do Carmo, Centro de Energia nuclear na agricultura/USP, jbcarmo@cena.usp.br
Jadson Dezincourt Dias, Centro de Energia nuclear na agricultura/USP, jadson@cena.usp.br
Plinio Barbosa de Camargo, Centro de Energia nuclear na agricultura/USP, pcamargo@cena.usp.br

A composição química do material vegetal depositado no solo, principalmente de áreas não perturbadas, pode ser considerada um dos fatores preponderantes na manutenção do funcionamento do ecossistema, apresentando grande potencial para inferir na sua dinâmica, além de possuir estreitas relações com a adaptação das espécies sob as diversas condições do ambiente. O conhecimento da composição química desse material e sua variação regional são de extrema importância para melhor compreender a ciclagem e o uso eficiente dos nutrientes. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho é investigar como a sazonalidade e as diferenças regionais podem interferir na composição química e nutricional da liteira, considerando áreas distintas da região amazônica. Para isso, foram coletadas amostras de liteira em uma floresta de transição na região de Sinop – MT, e em uma floresta não perturbada em Santarém – PA. As coletas foram realizadas nas estações úmida e seca. A amostragem foi aleatória utilizando transectos pré-determinados e representativos, localizados no interior da floresta. Após a coleta, o material foi preparado e posteriormente, foram analisados os macronutrientes (Ca, Mg, N, P e K), micronutrientes (Fe, Mn, Cu e Zn) e determinada a relação C:N. Contudo, os resultados preliminares mostraram que as concentrações de Mg e K apresentaram maior variação sazonal na floresta de transição de Sinop-MT. A relação C:N da liteira, nesse mesmo local, foi maior no período seco, variando entre 23-41. No período chuvoso a variação foi de 21-30, sendo 25,2 a média geral para o período. Os resultados mostraram que a composição química da liteira variou significativamente com a sazonalidade. Com relação à variabilidade entre regiões, a hipótese é de que essas diferenças sejam realmente significativas por se tratar de tipos distintos de floresta com marcantes influências climáticas e antropogênicas.

Submetido por Marcos Augusto Scaranello em 07-ABR-2005

Tema Científico do LBA:  B (Biogeoquímica)

Sessão:   Sessão Poster de B (BIOGEOQUÍMICA)

ID do Resumo: 184

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