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Metodologia para estimativa de área superficial de rios

Maria de Fátima Lamy Rasera, USP-CENA - Lab. Ecologia Isotópica, mrasera@cena.usp.br (Apresentador)
Maria Victoria Ramos Ballester, USP - CENA - Lab Geoprocessamento, vicky@cena.usp.br
Letícia Ayres Montebelo, USP - CENA - Lab Geoprocessamento, letaymo@bol.com.br
Alex Vladimir Krusche, USP-CENA - Lab. Ecologia Isotópica, alex@cena.usp.br

Os rios da Amazônia tendem a ser ecossistemas heterotróficos, implicando que os mesmos podem atuar como fonte de CO2 para a atmosfera. A Amazônia possui uma extensa malha de drenagem e a determinação da área superficial destes rios é uma das grandes dificuldades para o balanço de CO2 evadido dos mesmos. O objetivo deste trabalho foi à implementação de uma metodologia que permita o cálculo da área de rios de ordem menores, onde imagens de radar não podem ser utilizadas devido à resolução espacial das mesmas. Esta metodologia, baseada em relações derivadas dos conceitos de geometria hidráulica e modelos de evolução da paisagem, consistiu de duas etapas. Primerio, utilizando dados de descarga de 25 estações fluviométricas da Agência Nacional de Águas foi possível estabelecer regressões entre as áreas de drenagem e as descargas históricas médias para os períodos de cheia, vazante, seca e enchente destas estações. A seguir, utilizando os valores de curva chave, estabeleceram-se as regressões entre a descarga e a largura do canal para os diferentes períodos hidrológicos. As áreas das bacias de drenagem e o comprimento dos canais dos rios foram derivadas, em um SIG, a partir do modelo digital de elevação do terreno e da rede de drenagem do rio Ji-Paraná, bem como as extensões Spatial Analyst e Hydrological modeling do programa ArcGIS (versão 9). A partir das regressões assim construídas foram calculadas as larguras dos canais dos rios de 3ra a 7ma ordem. Desta forma, a partir da largura e do comprimento do canal foi calculada a área superficial dos rios. Para verificar a acurácia do modelo foi aplicado o teste estatístico T-test comparando larguras calculadas com larguras medidas no campo. A um coeficiente de confiança de 95% os dados não apresentaram diferenças significativas (p=0,97), ou seja, as larguras calculadas não foram consideradas estatisticamente diferentes às medidas em campo.

Submetido por Maria de Fátima Fernandes Lamy Rasera em 07-ABR-2005

Tema Científico do LBA:  SH (Hidrologia e Química das Águas)

Sessão:   Sessão Poster de SH (HIDROLOGIA E QUÍMICA DAS ÁGUAS)

ID do Resumo: 180

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