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Simulação hidrológica da bacia Amazônica com o modelo VIC-nL. Calibração preliminar na bacia do Juruá.

Daniel de Castro Victoria, Laboratorio de Geoprocessamento e Tratamento de Imagens - CENA/USP, daniel_victoria@yahoo.com (Apresentador)
Maria Victoria Ramos Ballester, Laboratorio de Geoprocessamento e Tratamento de Imagens - CENA/USP, vicky@cena.usp.br
Alailson Venceslau Santiago, Departamento de Ciências Exatas - ESALQ/USP, santiago@esalq.usp.br
Antonio Roberto Pereira, Departamento de Ciências Exatas - ESALQ/USP, arpereir@esalq.usp.br
Jeffrey E. Richey, Department of Oceanography - University of Washington, jrichey@u.washington.edu
Mariza C. Costa-Cabral, Department of Civil and Environmental Engineering - University of Washington, cabral@hydro.washington.edu

O funcionamento do ecossistema amazônico está intimamente relacionado ao fluxo hídrico. Compreender o funcionamento da Amazônia significa, portanto, entender o ciclo hidrológico. Por estar intimamente relacionado ao transporte de sedimentos, carbono e nutrientes, é impossível dissociar o ciclo hidrológico do biogeoquímico. O presente trabalho teve por objetivo aplicar o modelo hidrológico VIC-nL à bacia Amazônica, usando a bacia do Juruá como área piloto. O modelo funciona de forma distribuída, representando a bacia por células, resultando nos fluxos de escoamento superficial e de base para cada célula, podendo assim simular a descarga total e o balanço hídrico. Futuramente, esses fluxos poderão ser utilizados em um modelo de transporte biogeoquímico. O modelo, rodado a 0,25 graus, com passo de tempo diário, de janeiro de 1979 a dezembro de 1991, necessita de dados de precipitação, temperaturas máxima e mínima diária, e velocidade do vento. Dados meteorológicos foram obtidos a partir de re-análises climáticas, re-escalonadas com dados observacionais mensais. A cobertura vegetal foi obtida a partir do mapa de cobertura do solo a 1 km, reagrupado a 0,25 graus, gerando a porcentagem de cada classe de vegetação nas células. As principais características da vegetação foram extraídas da literatura. Parâmetros de solo foram obtidos utilizando o mapa de solos da região, associado a perfis amostrais do projeto RADAM Brasil. A qualidade da simulação, avaliada pelos índices de Nash (R2) e pelo logaritmo de Nash (Rl), é considerada boa a partir de 0,75. Para o Juruá, descartando-se os quatro primeiros anos, os valores obtidos foram R2 = 0,77 e Rl = 0,85. A evapotranspiração média da bacia foi de 4,7 mm dia-1, com máxima de 6 mm dia-1 na seca, associada à menor nebulosidade. A simulação de grandes bacias na Amazônia pelo modelo VIC-nL mostrou-se adequada, devendo ser estendida para toda a região.

Submetido por Daniel de Castro Victoria em 07-ABR-2005

Tema Científico do LBA:  SH (Hidrologia e Química das Águas)

Sessão:   Sessão Poster de SH (HIDROLOGIA E QUÍMICA DAS ÁGUAS)

ID do Resumo: 175

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