Dinâmica do Carbono Orgânico Dissolvido na Bacia do Rio Ji-Paraná, Rondônia.
Nei
Kavaguichi
Leite, CENA/USP, nkleite@cena.usp.br
(Apresentador)
Alex
Vladimir
Krusche, CENA/USP, alex@cena.usp.br
Maria
Victoria
Ballester, CENA/USP, vicky@cena.usp.br
Reynaldo
Luiz
Victoria, CENA/USP, reyna@cena.usp.br
Beatriz
Machado
Gomes, UNIR, beatriz@unir.br
Jeffrey
E.
Richey, University of Washington, jrichey@u.washington.edu
O Carbono Orgânico Dissolvido (COD) representa um dos principais componentes do ciclo do carbono, sendo a principal fonte de energia para os processos microbianos, desempenhando, desta forma, um papel fundamental no controle dos principais processos biogeoquímicos ocorrentes nos ecossistemas aquáticos. O objetivo deste trabalho consistiu em fornecer uma análise detalhada das variações espaciais e sazonais nas concentrações de COD em vários rios do estado de Rondônia, integrando resultados de estudos realizados na bacia do rio Ji-Paraná desde 1999. As amostras de água foram retiradas do meio do canal do rio (60% da profundidade), a partir de pontes ou barcos utilizando garrafa de Niskin ou bomba de imersão. Após a coleta, as amostras foram enviadas para o CENA/USP, onde as concentrações de COD foram determinadas através de um analisador de carbono Shimadzu, modelo TOC 5000A. Os maiores valores foram encontrados no rio Urupá, tanto em estudo realizado em toda bacia do rio Ji-Paraná (7,35 ± 2,58 mg.L-1), quanto em estudo limitado apenas em sua sub-bacia (6,10 ± 2,44 mg.L-1). Este rio está localizado em uma região onde se concentram as maiores áreas cobertas com pastagens, onde coincidentemente encontram-se as maiores densidades populacionais do estado. Estas características contrastam com a distribuição dos principais analitos dissolvidos, onde através da relação descarga-concentração, encontrou-se as maiores concentrações no período de estiagem, quando seria esperado um maior aporte superficial oriundo da lavagem das camadas superficiais do solo promovidas a partir da retirada da cobertura floresta (influência antropogênica). Contudo os valores médios de carbono orgânico não apresentaram grande variabilidade em função dos distintos uso/cobertura da terra encontrados nas bacias estudadas.