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Incremento Basal de Três Espécies Arbóreas em Áreas de Várzea e Terra Firme da Amazônia Central

Maristela Lima Farias, INPA, maris@inpa.gov.br (Apresentador)
Maria Teresa Fernandez Piedade, INPA, maitepp@inpa.gov.br

As florestas de várzea amazônicas são de grande importância, por serem de maior extensão e produtividade, em comparação às florestas de terra-firme, sendo também mais exploradas para extrativismo de madeira. O estudo foi conduzido na Ilha de Marchantaria (várzea) e na Reserva Ducke (terra firme), Manaus-AM, no ano de 2001. Para estudos de crescimento diamétrico foram acompanhadas sistematicamente três espécies: Calophyllum brasiliense (Cluisiaceae), Hevea guianensis (várzea-H. spruceana) (Euphorbiaceae) e Himatanthus sucuuba (Apocynaceae), na várzea e na terra firme. Para acompanhamento do incremento médio basal (D diâmetro maior - d diâmetro menor) das espécies (n=5) foram utilizadas fitas dendrométricas. Os principais resultados obtidos durante esse período de estudos, mostrou que na várzea, a taxa média de incremento diamétrico apresentou um padrão regular pelas três espécies com dois picos, no início da enchente (jan-abr) e na fase terrestre (ago-nov) e H. sucuuba alcançou a maior taxa (0,11 e 0,10 cm), seguido de C. brasiliense (0,08 e 0,07 cm) e H. spruceana (0,07 e 0,07 cm). Na terra firme o maior valor médio de crescimento foi alcançado no período chuvoso (jan-mai), quando H. sucuuba cresceu mais (0,12 cm), seguida de C. brasiliense (0,08 cm) e H. guianensis (0,08 cm). Na várzea as espécies apresentam seu ritmo de maior crescimento em sincronia com a fase terrestre e início da enchente do rio, enquanto as espécies da terra firme apresentam sua maior taxa de incremento no período de maior precipitação. A caracterização de espécies principais são fundamentais para que possam ser relacionadas informações em escala ascendente desde o nível dos inventários florísticos à imagens de satélite. Tais informações têm importantes implicações, em termos da análise da estrutura da vegetação, em áreas com diferentes estágios de impactos antrópicos, como projeção dessas informações para escalas regionais.

Submetido por Maristela Lima de Farias em 06-ABR-2005

Tema Científico do LBA:  CD (Armazenamento e Trocas de Carbono)

Sessão:   Sessão: O carbono: da fisiologia vegetal à dinâmica dos ecossistemas

ID do Resumo: 156

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