Uso de focos de calor para auxiliar no mapeamento comunitário do Programa Proambiente: estudo de caso do Pólo Alto Acre
Nara
Vidal
Pantoja, Universidade Federal do Acre – UFAC, npantoja@ufac.br
(Apresentador)
Karla
da Silva
Rocha, Universidade Federal do Acre – UFAC, rochakarla@uol.com.br
Larissa
Santos
Saraiva, Universidade Federal do Acre – UFAC, lssaraiva@yahoo.com.br
Elsa
Renee Huamán
Mendoza, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM, elsa_mendoza@uol.com.br
Irving
Foster
Brown, Universidade Federal do Acre – UFAC, Woods Hole Reserch Center – WHRC, fbrown@uol.com.br
Roger
Daniel
Recco, Grupo de Pesquisa e Extensão em Sistemas Agroflorestais do Acre – PESACRE, roger@pesacre.org.br
O Programa de Desenvolvimento Socioambiental da Produção Familiar Rural (Proambiente) atua junto a comunidades rurais para fortalecer e remunerar os serviços ambientais. No Estado do Acre, o Pólo Alto Acre integra quatro municípios que compõem esse programa, contemplando cerca de 400 produtores rurais. O monitoramento sobre a prestação dos serviços ambientais pode ser realizado em diversos níveis, desde a localização de propriedades rurais até a verificação de desmatamento evitado e redução de queimadas como indicadores de serviços ambientais sendo mantidos. Para verificar a ocorrência de queimadas foram usados dados de focos de calor oriundos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e criado um banco de dados de focos de calor para essa área. O total de focos de todos os satélites para o ano 2004 nos municípios de Brasiléia, Xapuri, Epitaciolândia e Assis Brasil foi 1.096, 772, 533 e 115, respectivamente, correspondendo à cerca de 30% de todo o Estado. Esses municípios, diferentemente do restante do Estado, não mostraram uma redução significativa em focos de calor de 2003 a 2004. O uso das distribuições de focos de calor permite estimar no tempo e no espaço a ocorrência das queimadas, pois os dados são de fácil acesso e quase em tempo real (www.cptec.inpe.br/queimadas). Esses dados servem para indicar a história recente de uso da terra ocorrendo na paisagem em escala de comunidades. Os grupos de produtores do Proambiente abrangem áreas de 1.000 a 50.000 ha e nessa escala é possível analisar os focos de calor para cada grupo. Os mapas produzidos a partir do mapeamento comunitário estão sendo usados por proprietários rurais e agentes comunitários para monitorar o uso do fogo nos grupos de propriedades. Esses mapas indicam avanço ou redução das queimadas ocorrendo nesse Pólo, o que implica na manutenção dos serviços ambientais exigida pelo Proambiente.
Submetido por Nara Vidal Pantoja em 06-ABR-2005
Tema Científico do LBA: LC (Mudanças dos Usos da Terra e da Vegetação)
Sessão: Sessão Poster de LC (MUDANÇAS DOS USOS DA TERRA E DA VEGETAÇÃO)