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Estudo sobre a absorção dos aerossóis sobre a região da Bacia Amazônica pela rede de fotômetros solares AERONET

Melina Mara Andrade Paixão, Instituto de Física da USP, melina@if.usp.br (Apresentador)
Carlos Alberto Pires Jr, Instituto de Física da USP, capjr@if.usp.br
Paulo Artaxo, Instituto de Física da USP, artaxo@if.usp.br
Brent Holben, NASA, brent@aeronet.gsfc.nasa.gov
Joel Schafer, NASA, joel.schafer@gsfc.nasa.gov

Procurando entender melhor o efeito dos aerossóis de queimada no clima, realizou-se um estudo sobre as propriedades de absorção da radiação solar pelos aerossóis. Em particular o coeficiente de absorção ou albedo de espalhamento simples (single scattering albedo, ω0) têm um papel importante na forçante radiativa atmosférica, absorvendo uma fração significativa de radiação atmosférica, com importante aspectos no balanço de radiação. Foram utilizados dados da AERONET (Aerosol Robotic Network), rede mundial de monitoramento óptico de aerossóis através de fotômetros solares, mantida pela NASA. Em especial analisamos as medidas de espessura ótica de aerossóis em vários comprimentos de onda e albedo de espalhamento simples. Foram também realizadas medidas de absorção de radiação (black carbon) e concentração com especiação de aerossóis durante o trabalho de campo do experimento SMOCC (Smoke Aerosols, Clouds, Rainfall and Climate), em 2002. Os locais de estudo na Bacia Amazônica foram Ji Paraná, Alta Floresta, Balbina e Rio Branco. Outros locais de medição da AERONET, na África, onde também ocorrem queimadas de floresta tropical, foram estudados para comparação entre propriedades de absorção do aerossol de queimada. No ano de 2002, o albedo simples em Abracos Hill (Rondônia) aumentou de 0.87 na estação úmida para 0.93 na estação de queimada. Na África, em Mongu, cuja vegetação dominante é savana, o albedo em 2002 variou de 0.91 na estação úmida para 0.85 na estação seca. A espessura óptica cresceu da estação chuvosa para a estação seca em todos os locais estudados, de 180% em Belterra a mais de 300% em Ji Paraná. As emissões de queimadas na Amazônia têm uma influência especialmente significativa no balanço de radiação atmosférico, com uma forçante radiativa de até -220 watts/m². Esta absorção de radiação tem efeitos importantes na assimilação de carbono pelo ecossistema Amazônico.

Submetido por Melina M A Paixão em 06-ABR-2005

Tema Científico do LBA:  PC (Física do Clima)

Sessão:   Sessão Poster de PC: Física do Clima

ID do Resumo: 151

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