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A influência da quantidade de serapilheira sobre o efluxo de CO2 do solo em Caxiuanã-Pará.

Brenda Rocha Guimarães, Museu Paraense Emílio Goeldi, brguimaraes@museu-goeldi.br (Apresentador)
Eleneide Doff Sotta, Universidade de Goettingen, esotta@gwdg.de
Maria de Lourdes Pinheiro Ruivo, Museu Paraense Emílio Goeldi, ruivo@museu-goeldi.br
Edzo Veldkamp, Universidade de Goettingen, eveldka@gwdg.de

Este trabalho foi desenvolvido na Estação Científica Ferreira Penna, localizada na Floresta Nacional de Caxiuanã, no Estado do Pará, e é um estudo complementar aos trabalhos realizados pelo Projeto Carbo-Pará - Condicionante ao Seqüestro de Carbono na Floresta Amazônica, parte integrante do LBA- Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia. O objetivo da presente pesquisa foi determinar a influência da quantidade de serapilheira sobre o efluxo de CO2 do solo. Na floresta de terra firme, sob Latossolo Amarelo de textura média, foi identificada uma parcela de 36 m², na qual foi imposta 3 tratamentos com quatro repetições cada: (1)-(‘sem serapilheira’): câmaras foram colocadas diretamente no solo mineral e a serapilheira foi removida com um aparador de 40cm2 colocado acima de cada câmara; (2)-(‘serapilheira normal’): as câmaras foram colocadas onde a serapilheira não foi manipulada; e (3)-(‘serapilheira extra’): a serapilheira coletada do tratamento (1) foi depositada nas câmaras deste tratamento quinzenalmente. Medições de efluxo de CO2 do solo, umidade e temperatura do solo foram realizadas a cada três meses para consideração de mudanças sazonais no período de Janeiro a Outubro de 2003. Durante o período de pesquisa, o efluxo médio para o tratamento (1) foi 3,12 µmol CO2.m2.s-1, para o tratamento (2) foi 3,70 µmol CO2.m2.s-1, e para o tratamento (3) foi 4,38 µmol CO2.m2.s-1. Os resultados encontrados sugerem que a contribuição da serapilheira para o efluxo de CO2 do solo é de aproximadamente 20%, podendo variar de 25% a aproximadamente zero em função das mudanças sazonais. No período úmido (Janeiro/03) o tratamento (3)-(‘serapilheira extra’) teve taxas significativamente mais altas (P < 0,05; n = 4) de efluxo de CO2 do solo (6,07 ± 0,62 µmol CO2 m-2 s-1), enquanto no início do período seco (Julho/03) todos os tratamentos tiveram taxas semelhantes de efluxo de CO2 do solo.

Submetido por Brenda Rocha Guimarães em 06-ABR-2005

Tema Científico do LBA:  CD (Armazenamento e Trocas de Carbono)

Sessão:   CD-I: Dinâmica do carbono em ecossistemas florestais: vegetação, serrapilheira e solo

ID do Resumo: 149

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