Efeitos das Concentrações de Sedimentos em Suspensão nas Taxas Respiratórias em Rios da Bacia do Rio Ji-Paraná, RO
Michelle
Cristine
Cogo, CENA – Centro de Energia Nuclear na Agricultura – USP. Laboratório de Ecologia Isotópica. CP.96. Cep: 13400-970. Piracicaba – São Paulo., mccogo@esalq.usp.br
(Apresentador)
Alex
Vladimir
Krusche, CENA – Centro de Energia Nuclear na Agricultura – USP. Laboratório de Ecologia Isotópica. CP.96. Cep: 13400-970. Piracicaba – São Paulo., alex@cena.usp.br
Alexandra
Ayres
Montebelo, CENA – Centro de Energia Nuclear na Agricultura – USP. Laboratório de Ecologia Isotópica. CP.96. Cep: 13400-970. Piracicaba – São Paulo., nandaymo@bol.com.br
Anthony
Keith
Aufdenkampe, STROUD WATER RESEARCH CENTER. 970 Spencer Road. Avondale, PA, 19311. USA, aufdenkampe@stroudcenter.org
Nas últimas décadas, têm ocorrido aumentos significativos nas transformações de florestas em pastagens na Amazônia, especialmente no estado de Rondônia. As conseqüências destas alterações na estrutura e funcionamento dos ecossistemas ainda são pouco compreendidas, mas sabe-se que as mesmas podem provocar a compactação e o aumento da erosão dos solos. Ao mesmo tempo, estudos recentes têm demonstrado que os sedimentos em suspensão, transportados pelos rios, podem ser importantes fontes de carbono e nutrientes, que são limitantes para o metabolismo aquático. Com base nestes pressupostos, este estudo visou avaliar a importância dos sedimentos fino e grosso em suspensão no metabolismo do rio Ji-Paraná, Rondônia. Para tal, foram realizados experimentos em laboratório, nos quais as concentrações destes sedimentos foram artificialmente aumentadas e as amostras assim preparadas submetidas a incubações no escuro por 24 e 48 horas. Nestas condições, nas quais não ocorre fotossíntese, o consumo de oxigênio foi interpretado como medida das taxas respiratórias nestas águas. Em todos os experimentos foram quantificadas as concentrações de sedimentos grosso (> 63 µm) e fino (> 0,1 e < 63 µm) e de carbono orgânico dissolvido. Observou-se que, de forma geral, os sedimentos promovem um aumento da taxas respiratórias, mais significativos no caso da fração fina. O aumento da concentração desta fração é acompanhado pelo aumento das concentrações de carbono orgânico dissolvido, fato que pode ser resultante da dessorção deste nutriente da superfície destas partículas. No caso da fração grossa, em alguns casos detectou-se, até mesmo, redução das taxas respiratórias (nos períodos mais secos), indicando sua composição predominantemente mineral. Portanto, pode-se concluir que o aumento da erosão pode vir a ter um papel importante no metabolismo de sistemas fluviais da Amazônia.
Submetido por Michelle Cristine Cogo em 06-ABR-2005
Tema Científico do LBA: SH (Hidrologia e Química das Águas)
Sessão: Sessão Poster de SH (HIDROLOGIA E QUÍMICA DAS ÁGUAS)