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A Nova Dinâmica do Desflorestamento em Mato Grosso: Implicações para os Processos do Ecossistema

Douglas C. Morton, University of Maryland, morton@geog.umd.edu (Apresentador)
Yosio E. Shimabukuro, INPE, yosio@ltid.inpe.br
Ruth DeFries, University of Maryland, rdefries@geog.umd.edu
Fernando Del Bon Espirito-Santo, INPE, fernando@dsr.inpe.br
Egidio Arai, INPE, egidio@ltid.inpe.br
Liana O. Anderson, INPE, liana@ltid.inpe.br

Durante a última década altas taxas de desflorestamento marcaram a condição ambiental do Estado do Mato Grosso. Recentemente, o setor agrícola vem influenciando as taxas de transformação de florestas para áreas de cultivo de arroz, soja, e outras safras. O tipo de cultivo a ser implementado influencia as escalas temporais e espaciais de como se dá o desflorestamento no Estado. Nós investigamos essas mudanças na dinâmica de desflorestamento e transformações secundárias (como a conversão de pastagem para agricultura mecanizada) entre 2000 e 2004 usando dados com 250m de resolução espacial do sensor MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer, da NASA) e dados de campo para fins de validação. As séries temporais de NDVI e EVI fornecem informação necessária tanto para identificação das áreas desflorestadas como para classificação da cobertura da terra usando a assinatura fenológica da vegetação. A combinação destes dados permite a descrição e quantificação do padrão de desflorestamento e das mudanças secundárias na cobertura da terra no período estudado. Foi constatado o crescimento do tamanho e do número das áreas desflorestadas entre 2000 e 2004 no Estado do Mato Grosso. A análise dos dados também mostrou que a porcentagem das áreas de floresta convertidas diretamente para o cultivo de grãos aumentou. Finalmente, as características temporais do desflorestamento estão mudando. Dados de campo confirmaram que em alguns casos o desmate ocorre durante a época das chuvas, o período mais dificil para detecção devido a presença de nuvens. Com o uso de tratores, o tempo necessário para o desflorestamento também tem se reduzido bastante. Essas três mudanças -o tamanho, resultado, e temporalidade- alteram o processo de desflorestamento e de outras mudanças na cobertura da terra gerando implicações para o funcionamento do ecossistema florestal, a mencionar: o ciclo do carbono, processos de erosão, e efeitos regionais de cobertura da terra sobre o clima, entre outras.

Submetido por Douglas Morton em 06-ABR-2005

Tema Científico do LBA:  LC (Mudanças dos Usos da Terra e da Vegetação)

Sessão:   LC-I: Metodologias de sensoriamento remoto nas mudanças do uso da terra

ID do Resumo: 143

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