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Transporte a longa distância de aerossol de fumaça gerado em queimadas na Amazônia durante Setembro de 2004

Carlos Pires, LFA - Laboratório de Física Atmosférica – Departamento de Física Aplicada – Instituto de Física – Universidade de São Paulo, capjr@if.usp.br (Apresentador)
Melina Andrade Paixão, LFA - Laboratório de Física Atmosférica – Departamento de Física Aplicada – Instituto de Física – Universidade de São Paulo, melina@if.usp.br
Paulo Artaxo, LFA - Laboratório de Física Atmosférica – Departamento de Física Aplicada – Instituto de Física – Universidade de São Paulo, artaxo@if.usp.br
Enio Pereira, CPTEC – Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos – INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, enio@dge.inpe.br
Karla Longo, CPTEC – Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos – INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, longo@cptec.inpe.br
Saulo Freitas, CPTEC – Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos – INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, sfreitas@cptec.inpe.br

• A estação seca de 2004 no Brasil, em especial o mês de setembro, apresentou os maiores índices de queimadas dos últimos anos, alcançando um total anual de 235480 focos de queimadas detectados por sensoriamento remoto por satélite, segundo dados do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. O presente trabalho tem por objetivo o estudo do transporte pelo continente sulamericano do material particulado gerado em queimadas na região amazônica, com especial atenção aos eventos ocorridos durante o mês de setembro de 2004. Para isso, foram utilizadas duas fontes principais de dados: rede de monitoramento óptico de aerossóis AERONET, mantida pela NASA e expandida por instituições fora dela, como o IFUSP - Instituto de Física da Universidade de São Paulo e o CPTEC/INPE - Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em especial os fotômetros solares instalados em Campo Grande/MS e São Paulo/SP; sensor MODIS, a bordo dos satélites Aqua e Terra, da NASA, capaz de obter propriedades ópticas de aerossóis com resolução de 10 Km. Os dados obtidos foram analisados e comparados com resultados do modelo CATT-BRAMS (Coupled Aerosol Tracer Transport – Brazilian Regional Atmospheric Modelling System), desenvolvido pelo CPTEC/INPE em parceria com o IAG/USP – Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo. Os resultados, com boa concordância entre medições e modelagem, apontaram para os maiores índices de aerossóis atmosféricos já medidos no continente, com mais de 4 milhões de Km2 registrando valores de espessura óptica do aerossol superiores a 1,5 por vários dias seguidos. Esses resultados foram utilizados em estudos preliminares dos efeitos desse material particulado no balanço radiativo da atmosfera, principalmente através da análise de radiossondagens para a caracterização de alterações no perfil vertical de termperatura provocadas pela presença de aerossóis, tendo sido encontrados resultados bastante significativos.

Submetido por Carlos Alberto Pires Jr em 06-ABR-2005

Tema Científico do LBA:  PC (Física do Clima)

Sessão:   PC-I: Microfísica de nuvens

ID do Resumo: 138

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