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Efeito da exclusão de água sobre a abundância dos Dípteros presentes na liteira de uma floresta de terra firme

Michele de Azevedo PInto, Museu Paraense Emílio Goeldi-MPEG, michazevedo@yahoo.com.br (Apresentador)
Márlucia Boniofácio Martins, Museu Paraense Emílio Goeldi-MPEG, marlucia@museu-goeldi.br
Ivaneide da Silva Furtado, Museu Paraense Emílio Goeldi-MPEG, neidesf@yahoo.com.br

A fauna de solo possui um papel importante no ecossistema, ela ajuda na ciclagem de nutrientes por fragmentação e ingestão de material presente na liteira, assim como na interação com outros microorganismos, os quais decompõem a matéria orgânica. Os dípteros fazem parte da fauna colonizadora da liteira, e a grande maioria de seus indivíduos possui seus estádios larvais ligados ao solo, possuindo hábitos saprófagos. Quando adultos, alguns continuam alimentando-se de plantas e pequenos insetos mortos. Este projeto faz parte do Experimento Esecaflor (LBA), que consistiu em estimar possíveis efeitos do “El nino” com a indução de uma seca artificial, reduzindo cerca de 80% da água da chuva que chegava ao solo, de um hectare da floresta de terra firme na Estação Científica Ferreira Penna-Melgaço/Pará. O objetivo do trabalho foi estabelecer padrões de abundância para as famílias da Ordem Diptera presentes na liteira, em relação às áreas experimental e controle do Esecaflor, avaliando o efeito da exclusão de água sobre este grupo. Os indivíduos foram coletados com Armadilhas Pitfall. Foram realizadas nove coletas, duas anteriores ao estabelecimento do experimento e sete posteriores ao mesmo. Os dados mostram que os dípteros não apresentaram diferença significativa na abundância entre as parcelas, no período de pré-exclusão, e a partir da implementação do experimento esta diferença tornou-se significativa para os Phoridae nos meses mais úmidos, Abril de 2002 (Teste T p=0,0159) e Março de 2003 (Teste T p=0,0072). A família Cecidomyiidae mostrou responder melhor ao ambiente mais seco, observando uma diferença significativa entre as parcelas em Novembro de 2002 (Teste T p=0,0096). Drosophilidae mostrou se adaptar melhor em locais mais úmidos (parcela controle), apresentando diferença significativa entre as parcelas (Teste X² p=0,03341). E Sciaridae foi mais abundante no período mais seco, porém não apresentou diferença significativa entre as parcelas para ambos os períodos.

Submetido por Michele de Azevedo Pinto em 05-ABR-2005

Tema Científico do LBA:  CD (Armazenamento e Trocas de Carbono)

Sessão:   CD-IV: O carbono: da fisiologia vegetal à dinâmica dos ecossistemas

ID do Resumo: 126

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