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Perfis de Temperatura, Fluxos de Calor e Taxas de Armazenamento de Energia em Troncos na Floresta Amazônica

Alessandro Augusto dos Santos Michiles, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, michiles@cptec.inpe.br (Apresentador)
Ralf Gielow, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, ralf@cptec.inpe.br

Em florestas densas, como a Amazônia, a taxa de armazenamento de energia (TAE) no interior da vegetação pode ser um componente significativo para o balanço de energia, em curtos períodos de tempo. Dentre os termos da TAE (S), o de armazenamento nos troncos (TAET) é o mais significativo e de obtenção mais complexa pois, para determiná-lo, são necessárias medidas das temperaturas internas e, se possível, superficiais dos troncos aferidas cuidadosamente. Além disso, é necessário o conhecimento da difusividade térmica e da condutância superficial dos troncos, já que a temperatura da superfície destes é diferente daquela do ar circundante. Para obter a TAET (Str) utilizaram-se e foram comparados três métodos. No primeiro deles, Str(F), faz-se uso do maior número possível de medidas de temperatura de tronco, para o cálculo do fluxo superficial total nos troncos das árvores da floresta; o segundo, Str(Ts), e o terceiro, Str(Ti), em cada um dos quais se utilizam temperaturas em uma profundidade radial e algumas alturas do tronco de uma árvore padrão, a qual apresenta as características médias da floresta, são baseados na solução analítica da equação de condução do calor. O cálculo de Str foi realizado a partir das medidas de temperatura de tronco, em três níveis de altura e em diversas profundidades radiais, de quatro árvores de espécies dominantes num hectare de floresta de terra firme na Amazônia Central (02°36’45” S e 60°12’40” O), durante a estação seca de 2003 e a estação chuvosa de 2004 (apenas a árvore padrão). Dos três métodos, verificou-se que Str(F) permanece sempre com valores entre aqueles de Str(Ts) e Str(Ti), em totais diários, diurnos, noturnos e horários. Em termos de magnitude e sentido de fluxo de energia, Str acompanha S, sendo negativo em dias chuvosos ou com alta nebulosidade e contribuindo para S com um terço do total.

Submetido por Alessandro Augusto dos Santos Michiles em 03-ABR-2005

Tema Científico do LBA:  CD (Armazenamento e Trocas de Carbono)

Sessão:   CD-III: Dinâmica do carbono em ecossistemas florestais: respiração, biomassa, fluxo e efeitos induzidos

ID do Resumo: 122

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