Efeito do manejo florestal na concentração de magnésio do solo em Juruena, noroeste do Mato Grosso
Daniela
Pauletto, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, pauletto@inpa.gov.br
(Apresentador)
Flávio
Jesus
Luizão, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, fluizao@inpa.gov.br
A extração seletiva de madeira na Amazônia vem crescendo, principalmente devido ao esgotamento de outras fontes de madeira dura como a Malásia. Na Amazônia Brasileira, anualmente cerca de 10000 a 15000 km2 são severamente danificados pela exploração seletiva de madeira. Embora o impacto da exploração florestal madeireira seja inferior a outros modelos de uso da terra, existem lacunas a serem esclarecidas, como, por exemplo, a influência que essa atividade exerce sobre a reciclagem dos nutrientes, devido ao aumento na deposição de resíduos vegetais sobre o solo durante o corte florestal. Este trabalho teve como objetivo avaliar o impacto da exploração florestal madeireira na concentração de magnésio no solo. Foram selecionadas três idades posteriores à exploração florestal (tratamentos) e uma área não-perturbada (testemunha). As concentrações de Mg variaram de 24,7 a 111,34 mg/kg (0-10 cm) e de 12,9 a 56,9 mg/kg (10-20 cm). Nas duas profundidades houve diferença significativa entre os tratamentos (0-10 cm: F= 8,85; P= 0,001; n= 79; e 10-20 cm: F= 5,63; P= 0,002; n= 79), sendo a idade de 2 anos a que apresentou as maiores concentrações (Fig.1). Nas duas profundidades (0-10 cm e 10-20 cm) as concentrações de Mg aumentaram aos 2 anos de idade do corte, mas voltaram a ser similares aos valores da área testemunha a partir dos 6-7 anos do corte. Estes dados demonstram que o manejo florestal interfere na concentração de magnésio no solo e que essas alterações estão condicionadas ao tempo de exploração.