Análise e Caracterização da Camada Limite Convectiva em Área de Pastagem, Durante o Período de Transição Entre a Estação Seca e Chuvosa na Amazônia (experimento RACCI-LBA)
Luiz
Rodrigues
Santos, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), landre@cptec.inpe.br
(Apresentador)
Gilberto
Fisch, Centro Tecnológico Aeroespacial, gfisch@iae.cta.br
A Camada Limite Convectiva (CLC) em área de pastagem na Amazônia é estuda através de estudos observacionais da sua estrutura para a transição do período seco para o chuvoso. Por meio de estudos de caso, é feita uma análise dos dias com e sem a presença de aerossóis e também, com e sem a presença de eventos de chuvas. Para estas análises são utilizados os dados de superfície e radissondagens feitas em Ouro Preto D’Oeste – RO durante setembro (Fase I) e outubro (Fase II) de 2002 (Experimento RACCI-LBA). Os resultados demonstraram que a Fase I apresentou 45% menos precipitação, ficando assim ligeiramente mais quente e mais seca com as maiores amplitudes de temperatura do solo. A CLC na Fase I é 370m mais alta, 0,4K mais quente e 10% mais seca do que a Fase II, caracterizando-se assim, mais turbulenta e conseqüentemente mais convectiva. A Fase II obteve menor taxa de decaimento, da Camada Residual (CR), às 20:00HL e 04:00HL. Nos estudos de caso verifica-se que em dias com eventos de chuva, a CLC das 17:00HL sofreu um forte resfriamento, além de um aumento da umidade específica dentro da camada, com uma significativa redução de sua altura, perdendo suas características típicas de CLC. A presença de aerossóis fez com que houvesse um resfriamento da camada nos níveis mais próximos à superfície e um aquecimento no nível de 700m. Através de uma comparação dos métodos de estimativa da altura da CLC, verifica-se que o Método do Número de Richardson e o Método dos Perfis apresentam r2 iguais à 0,85 e 0,97, para as fases I e II, respectivamente enquanto que o Método das Parcelas apresentou baixos valores de r2, quando comparado com os outros dois métodos.