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Os benefícios do Programa LBA para a ciência brasileira e o desenvolvimento sustentável da Amazônia Jamais tantas novas informações sobre a Amazônia foram apresentadas de uma vez só, como vai ocorrer, a partir de 27 de julho, em Brasília, na III Conferência Científica do LBA (Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia). Mais de 700 estudos, apresentados por cerca de 800 cientistas, os maiores especialistas mundiais em pesquisa amazônica, prometem transformar muito do que se pensava, até agora, sobre a maior das florestas tropicais. Projeto de valor estratégicoA oportunidade é histórica e estratégica para o Brasil. De fato, a importância da Amazônia vai bem além do lugar-comum de louvar a maior floresta tropical remanescente no planeta ou sua maior fonte de biodiversidade. Entre o que em geral não é citado está o fato da região amazônica ser uma importante fonte continental de vapor d'água da atmosfera, com um papel essencial na formação de nuvens e na determinação do clima regional e até mesmo global. A floresta chega a fornecer grande parte do vapor d'água que se transformará nas chuvas da região Centro e Sudeste. Mas o panorama é bem maior. Desde a Revolução Industrial a atividade humana tornou-se o principal fator de alteração da composição da atmosfera. O caso do gás carbônico (CO2) é exemplar: principal responsável pelo efeito estufa (aquecimento global do planeta), era encontrado no ar, até 1850, à proporção de 280 partes por milhão (ppm). Hoje o CO2 chega à casa das 370 ppm, e teme-se que beire 1000 ppm em 2100. Dados como esses podem se traduzir, na prática, em grandes mudanças climáticas e impactos sócio-econômico-ambientais ainda maiores. Daí o valor de se medir (do ponto de vista financeiro e não-financeiro) os "serviços ambientais" prestados pela floresta. Pesquisas do LBA colocam em debate, por exemplo, se a Amazônia é uma fonte expressiva de carbono, devido aos desmatamentos ou mesmo um sumidouro do gás ("limpando" até cerca de 600 milhões de toneladas de carbono da atmosfera por ano). Esse serviço de "faxina" atmosférica, por assim dizer, pode vir a valer muito num mundo que se preocupa muito (vide o Protocolo de Kyoto) em como mitigar as mudanças climáticas. As novas descobertasTudo isso faz do LBA um projeto prioritário, onde a abordagem científica busca relacionar os aspectos biológicos, físicos, químicos e sócio-econômicos. Ele é parte do esforço científico global para entender o papel de uma região crítica como a Amazônia contribui para as mudanças climáticas e como ela responde a estas mudanças. Seus modelos já demonstraram, por exemplo, o papel chave dos aerossóis (micro partículas emitidas pelas plantas, entre outras fontes como queimadas, ao redor das quais o vapor de água se condensa) na absorção e espalhamento da radiação solar, bem como na nucleação (formação) das nuvens e na queda das chuvas. Na Amazônia já é possível falar, graças ao LBA, em várias questões importantes: o balanço de carbono, a formação de nuvens e chuvas, o ciclo de nutrientes das plantas e as conseqüências das mudanças dos usos da terra. Na Amazônia já é possível falar, graças ao LBA, em várias questões importantes: o balanço de carbono, a formação de nuvens e chuvas, o ciclo de nutrientes das plantas e as conseqüências das mudanças dos usos da terra.
Influência políticaEstas são apenas algumas das questões que estarão sendo examinadas em profundidade nesta III Conferência. Os dados apresentados poderão inclusive influenciar discussão e adoção de políticas públicas e de novas leis, que possam ajudar à manutenção da estabilidade hidrológica, da qualidade das águas, da biodiversidade e dos demais serviços ambientais prestados pelos ecossistemas. Não é por acaso que, antes do início da Conferência propriamente dita, os cientistas vão promover, em 23 e 24 de julho, para a classe política e tomadores de decisões estratégicas, a sessão especial intitulada "O Conhecimento Científico e a Formulação de Políticas Públicas para a Amazônia: A Experiência do Programa LBA". Uma das questões essenciais do LBA é como conciliar a preservação da natureza com as necessidades das populações que vivem na região. Afinal, na Amazônia vivem 24 milhões de pessoas (no Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia e Venezuela), e toda a proposta de um desenvolvimento sustentável da região que permita a evolução social sem destruir o patrimônio natural depende das respostas que os cientistas possam dar a partir de suas pesquisas. Uma das questões essenciais do LBA é como conciliar a preservação da natureza com as necessidades das populações que vivem na região. Afinal, na Amazônia vivem 24 milhões de pessoas (no Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia e Venezuela), e toda a proposta de um desenvolvimento sustentável da região que permita a evolução social sem destruir o patrimônio natural depende das respostas que os cientistas possam dar a partir de suas pesquisas. Uma das questões essenciais do LBA é como conciliar a preservação da natureza com as necessidades das populações que vivem na região. Afinal, na Amazônia vivem 24 milhões de pessoas (no Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia e Venezuela), e toda a proposta de um desenvolvimento sustentável da região que permita a evolução social sem destruir o patrimônio natural depende das respostas que os cientistas possam dar a partir de suas pesquisas.
Pré-Conferência: O Conhecimento Científico e a Formulação de Políticas Públicas para a Amazônia: A Experiência do Programa LBA
Conferência: III Conferência Científica Internacional do LBA
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