Sensibilidade do clima no Sudeste do Brasil devido às mudanças do uso da terra
Robinson
Isaac Negrón
Juárez, USP, robinson@model.iag.usp.br
(Presenting)
Humberto
Ribeiro da
Rocha, USP, humberto@model.iag.usp.br
É discutido um experimento numérico realizado com o modelo atmosférico RAMS, simulando o clima sobre o Sudeste do Brasil durante um ano, testando-se dois cenários distintos: o primeiro refere-se às condições de superfície com a vegetação nativa da região (circa 1850), aqui referenciado como experimento VN, e o segundo representando a vegetação atual, aqui referenciado com experimento VA. No domínio da simulação utiliza-se uma grade centrada em 23°S,47°W com resolução horizontal de 80 km em latitude e longitude, cobrindo uma área de 2000 km ´ 2000 km, totalizando 25 x 25 pontos de grade que abrange parte da Região Centro Oeste (sul de Goiás, centro leste de Mato Grosso do Sul), a Região Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo) e parte da Região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
Os resultados do mostraram que as variações da precipitação entre os dois casos alternaram-se espacialmente, com setores onde até ±50 mm de mudanças ocorreram na estação seca, e de ±200 mm na estação úmida. Isto sugeriu que a vegetação atual poderia potencialmente alterar o regime de precipitação, favorecendo o aumento em algumas áreas e a diminuição em outras, com aumento de temperatura à superfície. Estes resultados são os primeiros reportados neste foco de investigação, indicando uma chave relevante para o entendimento das mudanças no clima regional devido às mudanças no uso da terra.