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Mudanças no clima regional devido as modificações recentes da cobertura vegetação Amazônica

Francis Wagner Silva Correia, INPE, francisw@cptec.inpe.br (Presenting)
Regina Célia dos Santos Alvalá, INPE, regina@cptec.inpe.br
Antonio Ocimar Manzi, INPA, manzi@inpa.gov.br

No decorrer das últimas décadas o território brasileiro, como um todo, tem apresentado diferentes transformações no padrão espacial e de uso e cobertura da terra, as quais vão desde altas taxas de desflorestamento da floresta tropical na região Norte a desertificação no Nordeste. Essas diferentes transformações ocorridas na cobertura da superfície, associadas às práticas de uso da terra, exercem uma grande influência na hidrologia, clima e ciclos biogeoquímicos em diferentes regiões do Brasil. A Bacia Amazônica contém aproximadamente 60% das florestas tropicais restantes no mundo e desempenha papel fundamental na manutenção da biodiversidade, clima e hidrologia regional, e armazenagem de carbono terrestre. A região amazônica brasileira tem apresentado nas últimas décadas as maiores taxas de desflorestamento, com média de 2 milhões de hectares por ano. Diante das constantes modificações que vêm ocorrendo no uso da terra nesta região, algumas questões podem ser levantadas, tais como: Essas mudanças poderiam causar impactos no clima? E, quais seriam estes impactos? Em respostas a estas questões um grande número de estudos tem usado modelos de circulação geral da atmosférica (MCGA) para examinar os possíveis efeitos do desmatamento amazônico de grande escala no clima regional e global. Todos esses experimentos com MCGA mostraram um significativo aumento da temperatura da superfície e diminuição da evapotranspiração sobre a bacia após os desflorestamentos. Diante desses resultados, uma outra questão a ser abordada refere-se a inclusão nos modelos de uma cobertura vegetal mais realista da Amazônia, e consequentemente a avaliação dos efeitos climáticos que ela gera nos modelos. Dessa maneira, resultados de simulações com modelos de circulação geral (MCG/CPTEC) e regional (Eta/CPTEC) da atmosfera, utilizando informações mais realistas da cobertura vegetal da Amazônia brasileira (incluindo desflorestamento recente do projeto PROVEG do CPTEC/INPE) serão apresentadas. No intuito de melhorar a representação dos processos da superfície continental nesses modelos os parâmetros do Simplified Simple Biosphere Model (SSiB), acoplado a eles, foram calibrados com dados micrometeorológicos de pastagem e floresta de Terra Firme obtidos no LBA.

Submetido por Francis Wagner Silva Correia em 17-MAR-2004

Tema Científico do LBA:  PC (Física do Clima)

Tipo de Apresentação:  Poster

ID do Resumo: 134

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