Análise em tempo-escala de um evento associado a um jato em baixos níveis no Pantanal matogrossense
Luis Marcelo
de Mattos
Zeri, Max-Planck-Institute for Biogeochemistry, mzeri@bgc-jena.mpg.de
Leonardo
Deane de Abreu
Sá, Museu Paraense Emílio Goeldi, ldsa@museu-goeldi.br
(Presenting)
Eliana
Soares de
Andrade, LIM/CPTEC/INPE, eliana@cptec.inpe.br
Gannabathula
Sri Sesha Durga Prasad, CPTEC/INPE, prasad@cptec.inpe.br
A inclusão da contribuição de fenômenos de mesoescala no estudo de fluxos turbulentos pode ser crítica em situações de estabilidade estável, como na Camada Limite Noturna (CLN). Nessas situações, os fluxos são pequenos e a inclusão indevida da contribuição dessas escalas pode mudar a magnitude e até o sinal do fluxo calculado, incorporando no cálculo dos fluxos contribuições de escalas maiores que as turbulentas, como é o caso da mesoescala. Ainda, há evidências recentes de que a CLN fortemente estável na superfície pode ter associada a si fenômenos tais como: a) camada limite forçada por fonte de turbulência elevada; b) intermitência; c) Jatos em Baixos Níveis (JBN); d) variações de meso-escala; e) ondas de gravidade. Posto isto, procurou-se analisar em maior detalhe a evolução de sinais turbulentos para dois dias de 1999. Os sinais foram decompostos em escalas através da Transformada em Ondeletas.
O sítio experimental localiza-se na Fazenda São Bento em Passo do Lontra (19º 34º S; 57 º 01º W), município de Corumbá, MS, próximo à Base de Estudos do Pantanal, pertencente à Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, localizada às margens do rio Miranda. Os dados utilizados foram coletados no Experimento Interdisciplinar do Pantanal (IPE – Interdisciplinary Pantanal Experiment) na campanha de setembro de 1999 (IPE-2), na estação seca.
A análise dos dados mostra uma provável interação entre um JBN micrometeorológico com a turbulência, levando a um valor positivo no fluxo de calor sensível.