Observações de clima e Fluxos turbulentos de água e CO2 sobre o Cerrado sensu stricto e cana-de-açúcar
Robinson
Isaac Negrón
Juárez, IAG/USP, robinson@model.iag.usp.br
(Presenting)
Humberto
Ribeiro da
Rocha, IAG/USP, humberto@model.iag.usp.br
(Presenting)
Apresentam-se os resultados do monitoramento sobre um ecossistema natural de cerrado sensu stricto (cerrado) (21°37'9''S,47°37'58''W, em Santa Rita de Passa Quatro) e um agroecossistema de cana-de-açúcar (cana) (21°6'S, 48°4'W) em SP. As variáveis do clima foram amostradas a cada 15 segundos e gravadas em médias de 10 min. Os fluxos turbulentos são obtidos pela técnica de eddy covariance, com coleta de dados na freqüência de 10,4125 Hz, e fluxos médios de 30 min. O cerrado e a cana foram monitorado no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2002. Complementarmente utilizou-se os dados de monitoramento da cana no período 1996/1997 de Rocha (1998).
A irradiância solar incidente (Ki) sobre o cerrado (a cana) foi de 175 W/m² (165 W/m² ) na estação seca e 240 W/m² (220 W/m² ) na estação úmida. O albedo solar médio no cerrado (na cana) foi de 0,12 (0,21) na estação seca, e 0,13 (0,17) na estação seca e úmida. Estas diferenças no albedo modificam o balanço de energia nos dois sítios. Embora (Ki) tenha sido maior no cerrado e menor na cana, a precipitação foi maior no cerrado, portanto efeitos locais bem como antrópicos podem estar favorecendo uma maior atividade convectiva. A temperatura por sua vez foi aproximadamente maior em 1°C no cerrado, porém esse comportamento não foi uma constante ao longo do período de estudo. Na estação úmida e seca a razão de Bowen no cerrado foi de 0,2±0,4 e 0,8±0,85 e na cana foi de 0,36±0,1 e 1,3±0,9, respectivamente.
Submetido por Robinson Negrón Juárez em 23-MAR-2004