As florestas de terra firme da Amazônia caracterizam-se como florestas de platô, vertente, campinarana e baixio. Estudos florísticos realizados na região mostram que elas apresentam alta diversidade. Contudo, nota-se que a maioria dos estudos enfatizam as florestas de platô e de vertentes relegando os demais tipos. Por conseguinte, este estudo tem por objetivo determinar as espécies vegetais da floresta-de-baixio, assim como avaliar os parâmetros de diversidade e riqueza de espécies. O estudo foi desenvolvido na Estação Experimental ZF-2/INPA à noroeste de Manaus-AM, em área de estudos do Projeto LBA. Para tanto, avaliaram-se dois transectos: um de 10 x 300 m e outro de 10 x 700 m, perpendiculares entre si; divididos em 20 parcelas primárias de 10 x 50 m, mensurando-se os espécimes arbóreos, palmeiras e lianas com DAP maior ou igual a 10 cm. Foram coletadas amostras botânicas, férteis ou não, para identificação das espécies. A diversidade florística foi avaliada pelos índices de Riqueza de Espécie e Equitabilidade (uniformidade). Abordou-se 778 indivíduos, dos quais foram identificados até a presente data, 108 indivíduos distribuídos em 20 famílias, 37 gêneros e 58 espécies. Onze famílias apresentaram maior riqueza de espécies: Sapotaceae-16 espécies (21,1%), Clusiaceae-5 (8,5%), Euphorbiaceae-5 (8,5%), Caesalpiniaceae-4 (6,8%), Myristicaceae-4 (6,8%), Myrtaceae-4 (6,8%), Moraceae-3 (5,0%), Rubiaceae-3 (5,0%), Fabaceae, Sterculiaceae e Vochysiaceae cada uma com 2 (3,4%), correspondendo a aproximadamente 80% do total das espécies identificadas. A família Sapotaceae apresentou o maior número de gêneros (4) e espécies (16). CNPq, PPD-G7/LBA.