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Plantio de árvores de crescimento rápido para recuperação da capacidade produtiva da agricultura familiar na Amazônia Oriental brasileira

Silvio Brienza Jr., Embrapa Amazônia Oriental, brienza@cpatu.embrapa.br
Valdirene Costa de Oliveira, Bolsista Capes-Embrapa Amazônia Oriental, valdirene@web.de (Presenting)
Adélia Ribeiro Ferreira, Bolsista Funtec-Embrapa Amazônia Oriental, deliferreira@yahoo.com.br

A agricultura na Amazônia Oriental brasileira, região colonizada há mais de 120 anos, caracteriza-se pelo processo itinerante de derruba e queima, tem contribuido para o desaparecimento de extensas áreas de floresta e o crescimento de áreas abandonadas (florestas secundárias ou capoeiras). Essa agricultura precisa ser melhorada tecnologicamente para aumentar produtividade e sustentabilidade. O plantio de árvores para enriquecimento de capoeira se associado ao preparo de área sem queima (corte-e-trituração) pode, via acúmulo e mineralização da matéria orgânica, melhor disponibilizar nutrientes para as culturas alimentares. O presente trabalho refere-se ao plantio de Acacia mangium Willd. (acácia) e Sclerolobium paniculatum Vogel (taxi-branco) num sistema agrícola de milho-mandioca em área preparada via corte-e-trituração de uma floresta secundária de 15-20 anos, localizada na fazenda escola da Universidade Federal Rural da Amazônia, Igarapé-açu (PA). As árvores foram plantadas (junho/2002) no espaçamento 2 m x 2 m, em linhas alternadas, em 2 ha, após a colheita do milho (abril/2002) e quando a mandioca tinha quatro meses de idade. Árvores e mandioca cresceram juntas durante doze meses até a colheita da mandioca (junho/2003). O crescimento em altura das espécies estudadas foi monitorado em quatro parcelas de 144 plantas (100 plantas úteis). Aos seis meses de idade os percentuais de sobrevivência encontrados foram 83% (acácia) e 76% (taxi-branco). Quanto ao crescimento em altura, até aos 18 meses de idade, observou-se melhor performance da acácia (92 cm, 277 cm e 441 cm respectivamente aos 6, 12 e 18 meses de idade) em relação ao taxi-branco (66 cm, 198 cm e 310 cm, respectivamente aos 6, 12 e 18 meses de idade). Os crescimentos em altura observados estão permitindo que as duas espécies plantadas suportem a competição da capoeira que se desenvolveu após a colheita da mandioca.

Submetido por Brienza Junior Silvio em 18-MAR-2004

Tema Científico do LBA:  LC (Mudanças dos Usos da Terra e da Vegetação)

Tipo de Apresentação:  Poster

ID do Resumo: 379

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