Marcos
Nicolas
Gallo, COPPE/UFRJ, marcosgallo@peno.coppe.ufrj.br
(Presenting)
Susana
Beatriz
Vinzon, DRHIMA/EE/UFRJ e COPPE/UFRJ, susana@peno.coppe.ufrj.br
Adriana
Dantas
Medeiros, COPPE/UFRJ, adriana@peno.coppe.ufrj.br
Felipe
Augusto
Oliveira, DRHIMA/EE/UFRJ, felipaug@hotmail.com
O estuário do rio Amazonas estende-se aproximadamente desde a cidade de Óbidos até o talude continental, considerando-se como limites superior e inferior do estuário, respectivamente, aquele local até onde a maré é observada, e a região em que é possível encontrar quantidades apreciáveis de água doce. A maré na plataforma continental amazônica é predominantemente semi-diurna e é amplificada na região costeira, caracterizando o estuário como de macro maré; somando-se a isso as vazões extraordinárias do rio Amazonas, este ambiente apresenta uma forte dinâmica. Efeitos não lineares próprios dos escoamentos em águas rasas resultam na geração de feições e singularidades na maré geradas na propagação. A geração de ‘pororocas’ em alguns locais da região da foz é um dos resultados mais espetaculares decorrentes da mudança da onda de maré na sua propagação.
A partir de dados maregráficos disponíveis no estuário e linha de costa, e utilizando um modelo numérico barotrópico configurado e calibrado para a região, são mostrados neste trabalho as principais características da propagação da maré no estuário, a geração e dissipação de componentes harmônicas de águas rasas, e em particular o efeito da vazão fluvial e da sua sazonalidade.